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Ao Encontro de Uma Nova Era - Racionalismo Cristão

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Para saber-se se o indivíduo ainda é candidato, por muitas<br />

encarnações, ao retomo à Terra, um dos meios é examinar ele o seu<br />

interior, para verificar se lá, escondido, não se encontra um <strong>de</strong>sejo ou uma<br />

atração terrena na <strong>de</strong>pendência <strong>de</strong> serem satisfeitos.<br />

Uns querem viver, ainda, num palácio; outros <strong>de</strong>sejam cargos<br />

importantes; há os que anelam receber ovações das platéias; o sentido da<br />

ostentação predomina em muitos, e a vaida<strong>de</strong>, noutros, <strong>de</strong>sperta ansieda<strong>de</strong>s<br />

não correspondidas.<br />

Estes, por não terem atingido o estado da renúncia, <strong>de</strong>vem voltar à<br />

Terra, talvez muitas vezes, para esgotar nela as quiméricas aspirações.<br />

Há os que fazem uma renúncia forçada em protesto a <strong>de</strong>silusões<br />

mundanas mas esta, espécie <strong>de</strong> renúncia não dá testemunho <strong>de</strong> libertação.<br />

Ela <strong>de</strong>ve ser espontânea, natural, conscienciosa, traduzindo um verda<strong>de</strong>iro<br />

reflexo <strong>de</strong> amadurecimento espiritual.<br />

O renunciante sente, no seu íntimo, que a verda<strong>de</strong>ira felicida<strong>de</strong><br />

repousa em motivos eternos, e não nos acontecimentos efêmeros,<br />

passageiros e ilusórios.<br />

O ser mundano está sempre correndo atrás da felicida<strong>de</strong>, sem nunca<br />

atingi-la, porque ela não resi<strong>de</strong> nas encenações fortuitas dos painéis<br />

terrestres, mas na aura espiritual, que é a vibração cósmica universal. A<br />

entonação da partícula inteligente, com tal vibração, renova o estado<br />

d'alma e dá-lhe a conhecer, por sentimento, a natureza astral ou o<br />

verda<strong>de</strong>iro sentido da vida.<br />

A renúncia atesta um estado <strong>de</strong> evolução superior àquele dos que a<br />

não possuem ou a <strong>de</strong>monstram em menor parcela.<br />

Jesus, por ter oferecido, além das palavras, exemplos, foi um<br />

renunciado pleno das ofertas do mundo. Po<strong>de</strong>ndo, pela sua inteligência e<br />

saber, conquistar tudo quanto dispõe o po<strong>de</strong>r temporal, <strong>de</strong>ixou-se ficar,<br />

com a sua túnica e as suas sandálias, na companhia <strong>de</strong> humil<strong>de</strong>s<br />

pescadores.<br />

É que ele veio, apenas, dar esclarecimento aos homens, sem se<br />

importar com o que a Terra lhe pu<strong>de</strong>sse oferecer. Apresentou, assim, um<br />

alto padrão da renúncia, para que todos a possam reconhecer.<br />

Não significa esse exemplo que os que seguem os seus ensinos,<br />

revividos pelo <strong>Racionalismo</strong> <strong>Cristão</strong>, <strong>de</strong>vam andar <strong>de</strong> túnicas e sandálias,<br />

ro<strong>de</strong>ados <strong>de</strong> pescadores. O panorama daquela época não é o <strong>de</strong> hoje. Dois<br />

mil anos nos separam daquelas paisagens. O que não sofreu alteração, e<br />

nem po<strong>de</strong> sofrer, é o espírito <strong>de</strong> renúncia, que é abstrato e íntimo. Esse<br />

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