Ao Encontro de Uma Nova Era - Racionalismo Cristão
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11. Esferas <strong>de</strong> Ação<br />
O espírito, quando encarna, traz, ao menos, uma vocação. O que <strong>de</strong>ve<br />
fazer, então é aperfeiçoá-la, no correr da existência. É fato notório que o<br />
indivíduo sente prazer em trabalhar <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> sua especialida<strong>de</strong>. Todos<br />
<strong>de</strong>vem trabalhar contentes com a sua profissão, porque assim vivem<br />
melhor e mais alegres. O bom-humor, todos o sabem, é fator <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />
Às vezes o indivíduo tenta mudar <strong>de</strong> profissão, com a idéia <strong>de</strong> ganhar<br />
mais, seduzido pela prosperida<strong>de</strong> material alheia, supondo que a riqueza<br />
monetária traz felicida<strong>de</strong>.<br />
O dinheiro é uma armadilha terrível para enredar os incautos. Pobres<br />
dos que se <strong>de</strong>ixam inebriar pelo engodo dos <strong>de</strong>leites mundanos oferecidos<br />
pelo dinheiro, irremediavelmente contaminado pelo vírus entorpecente dos<br />
convites da matéria! Tão prejudicial quanto o vício arrasante do fumo, do<br />
álcool, do ópio, da maconha, do jogo, é o vício do apego ao dinheiro, pelo<br />
qual tudo faz e sacrifica o mísero ser dominado por ele. O dinheiro po<strong>de</strong><br />
levar <strong>de</strong> roldão a honra, o caráter, a dignida<strong>de</strong>, a moral do indivíduo,<br />
fazendo-o per<strong>de</strong>r um bem precioso, que é a encarnação.<br />
Os vícios citados po<strong>de</strong>m ser abandonados, e são conhecidos muitos<br />
casos <strong>de</strong> recuperação, mas o escravo do dinheiro, o ególatra, o sovina, o<br />
armazenador argentário que o quer só para si, egoisticamente, a fim <strong>de</strong><br />
usufruí-lo, <strong>de</strong>sfrutá-lo nababesca e criminosamente, ou para gozá-lo <strong>de</strong><br />
forma doentia, no seu volume acumulado, este é realmente um caso<br />
perdido, um infeliz que encontrou o seu <strong>de</strong>us - matéria -, e o há <strong>de</strong> sorver,<br />
inapelável mente, até o último segundo da existência.<br />
Abandonar, pois, a vocação, para correr atrás do dinheiro, po<strong>de</strong> ser<br />
um erro <strong>de</strong> clamorosas conseqüências. Mais vale o pouco e produtivo, no<br />
sentido da evolução, do que o muito e <strong>de</strong>strutivo.<br />
A vocação, <strong>de</strong> um modo geral, se manifesta como resultado da<br />
ativida<strong>de</strong> exercida pelo espírito nas encarnações mais recentes. O espírito<br />
que tenha sido cientista, manifesta vocação para a ciência, como o artista,<br />
para a arte, o eletricista, para a eletricida<strong>de</strong>, e assim por diante. Em cada<br />
existência, mais experiência ele adquire e, pois, mais se aperfeiçoa na<br />
ativida<strong>de</strong> a que se vem entregando.<br />
O mundo está organizado para oferecer esferas <strong>de</strong> ação<br />
numerosíssimas a todas as vocações. Estas são necessárias, não só para<br />
quem as possui, como para aqueles que por elas são beneficiadas.<br />
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