Ao Encontro de Uma Nova Era - Racionalismo Cristão
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24. A Negligência<br />
A negligência é uma falha espiritual que, quando muito acentuada,<br />
po<strong>de</strong> provir <strong>de</strong> existências passadas. É um mal adquirido pelo ócio, pelo<br />
hábito <strong>de</strong> ser servido, oriundo <strong>de</strong> má educação e do fato <strong>de</strong> ter tido sempre<br />
quem resolvesse os seus problemas.<br />
O negligente é preguiçoso, indolente, comodista, indisciplinado e<br />
egoísta. Terá muito que lutar nesta e nas vidas futuras para libertar-se<br />
<strong>de</strong>ssa moleza, da vonta<strong>de</strong> fraca e do pouco interesse pela ativida<strong>de</strong><br />
comum.<br />
Deixa-se o negligente arrastar pelos outros, está sempre atrasado não<br />
gosta <strong>de</strong> horários, <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m, vive no <strong>de</strong>smazelo, faltam-lhe brio e amor<br />
próprio, dá maus exemplos, é displicente, apren<strong>de</strong> com baixo rendimento,<br />
e as advertências causam-lhe, leve ou nenhum efeito.<br />
Ter um negligente na família não <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ser motivo <strong>de</strong> apreensões<br />
para os <strong>de</strong>mais, visto que se trata <strong>de</strong> um ser atacado <strong>de</strong> moléstias psíquicas<br />
que não po<strong>de</strong>m ser resolvidas com paliativos.<br />
O negligente anda sempre associado com os espíritos do astral<br />
inferior, que nele vêem um instrumento dócil aos seus intentos,<br />
manobrável e <strong>de</strong> vibrações afins. Por isso, o primeiro passo para eliminar a<br />
negligência é cortar a ligação mantida com o astral inferior, que dá ao ser<br />
alimento para sustentar tão pernicioso vício. Desconhecer esse pormenor, é<br />
revelar-se inibido <strong>de</strong> tomar a providência preliminar.<br />
O negligente é candidato à obsessão, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da corrente astral<br />
inferior que o cerca; na melhor das hipóteses, não <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ser um<br />
perturbado, enquanto não reage, <strong>de</strong> motu próprio contra esse estado<br />
doentio em que se encontra. A gravida<strong>de</strong> do mal é proporcional ao tempo<br />
contado, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> quando se originou, e aos vestígios <strong>de</strong>sagregadores mais ou<br />
menos. profundos produzidos pela ação dos espíritos inferiores.<br />
A negligência estabelece uma índole que a caracteriza, <strong>de</strong>finidora do<br />
espírito. Modificar essa índole é obra ingente, que nem sempre se<br />
consegue numa só encarnação. Mas é preciso enfrentar o problema com<br />
energia e <strong>de</strong>cisão, na certeza <strong>de</strong> que, quanto mais para diante, mais difícil a<br />
restauração.<br />
Muitos olham a negligência com <strong>de</strong>spreocupação, parecendo-lhes um<br />
<strong>de</strong>feito <strong>de</strong> pouca importância. Gran<strong>de</strong> engano! A negligência enraíza-se<br />
fortemente na alma, tomando-se um entrave para a espiritualização.<br />
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