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Ao Encontro de Uma Nova Era - Racionalismo Cristão

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A <strong>de</strong>linqüência po<strong>de</strong>rá ser humanamente compreendida <strong>de</strong>ntro do<br />

critério cristão, mas a compreensão não lava o crime, e <strong>de</strong>pois dos laços<br />

rompidos ou esfacelados, não há mais meios <strong>de</strong> os recompor.<br />

Há falhas <strong>de</strong> tal modo <strong>de</strong>struidoras, que na mesma encarnação em<br />

que se verificaram, não po<strong>de</strong>m ser reparadas; está no caso a infi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong><br />

conjugal, cujas conseqüências virão, fatalmente, nas existências seguintes.<br />

A <strong>de</strong>linqüência pela prevaricação faz uma série <strong>de</strong> vítimas, a partir do<br />

cônjuge atingido pela lama, passando pelos filhos, pelos parentes e indo<br />

alcançar os amigos da família.<br />

Todos ficam abalados com o ferimento causado no seio da<br />

coletivida<strong>de</strong> em que ele ocorreu, do mesmo modo que um veneno esten<strong>de</strong><br />

a sua ação maligna a todos os órgãos <strong>de</strong> um corpo. O adultério é um<br />

atentado contra a família, que é uma instituição básica, on<strong>de</strong> se forja o<br />

caráter do indivíduo, para o fortalecimento moral do país. Somente um<br />

louco, um cego proposital, um ignorante das coisas do espírito, é capaz <strong>de</strong><br />

incorrer nesse funesto ato <strong>de</strong> violação.<br />

A dialética animalesca procura justificar as incursões sensualistas<br />

<strong>de</strong>lituosas, mas o faz embebida na sensação terrena <strong>de</strong> gozos impu<strong>de</strong>ntes.<br />

O Mestre máximo do Cristianismo esclareceu a mulher adúltera para que<br />

não prevaricasse mais, exigindo <strong>de</strong>la não o absurdo, mas o normal. Esse<br />

proce<strong>de</strong>r normal é justamente o mesmo que todos têm o <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> sustentar,<br />

em qualquer circunstância, por constituir rotina da moral cristã.<br />

Os animais inferiores unem-se, apenas, para a procriação. O homem,<br />

vítima da herança que recebeu dos <strong>de</strong>sregramentos milenares <strong>de</strong> uma<br />

civilização <strong>de</strong>dicada à luxúria, dispõe, pelas leis do atavismo, <strong>de</strong> uma<br />

organização física constituída nos mol<strong>de</strong>s daqueles hábitos licenciosos <strong>de</strong><br />

outrora, razão por que apresenta, ainda hoje, disposições instintivas por<br />

<strong>de</strong>mais afloradas, mas perfeitamente corrigíveis e controláveis.<br />

Cumpre, pois, retroagir, <strong>de</strong>ntro do possível, no campo da mo<strong>de</strong>ração,<br />

pela força <strong>de</strong> vonta<strong>de</strong>, pela ação do pensamento, pelo exercício mental<br />

dirigido, pelo regime alimentício, pela ginástica corporal, pelos<br />

divertimentos ao ar livre e, sobretudo, pela espiritualização.<br />

O mundo está cheio <strong>de</strong> tentações para quem se sinta inclinado a elas,<br />

e aí estão para serem vencidas, e não abraçadas acolhedoramente.<br />

Vencendo as tentações é que o espírito se fortifica. Para se promover a<br />

espiritualização é preciso lutar contra todos os atrativos mundanos no<br />

sentido <strong>de</strong> não se <strong>de</strong>ixar dominar por eles, com a convicção <strong>de</strong> que são<br />

ilusórios, superficiais e passageiros.<br />

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