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Ao Encontro de Uma Nova Era - Racionalismo Cristão

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atirou-se sobre a bomba, para salvar os companheiros da morte certa. Teve<br />

o corpo esfacelado, mas o ato heróico, cheio <strong>de</strong> abnegação passou à<br />

história. Não houve suicídio e, sim, um nobre exemplo <strong>de</strong> <strong>de</strong>sprendimento,<br />

<strong>de</strong> valor, <strong>de</strong> heroísmo e <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>za espiritual.<br />

Um outro aspecto <strong>de</strong> suicídio é o <strong>de</strong>corrente dos maus tratos que se<br />

dão ao corpo físico, abreviando-se, com isso, o período da encarnação. Os<br />

espíritos, quando encarnam, trazem traçados o rumo da sua trajetória<br />

terrena e a duração da mesma, não lhes competindo nem <strong>de</strong>sviar a rota,<br />

nem encurtá-la.<br />

Ninguém nasce para ser um farrista, um perdulário, um jogador que<br />

troca a noite pelo dia, um viciado no álcool, em excessos sexuais, em<br />

opíparos manjares ou em qualquer sorte <strong>de</strong> abusos. Até mesmo com o<br />

trabalho é preciso haver certas limitações. É fazendo vida irregular que o<br />

corpo físico per<strong>de</strong> as suas reservas, adoece com mais facilida<strong>de</strong> e se<br />

<strong>de</strong>paupera.<br />

Andam por aí moços com aspecto <strong>de</strong> velhos, gastos pelo<br />

esbanjamento, pela incontinência e pela indisciplina. Sempre que se <strong>de</strong>r ao<br />

corpo mais uso do que o normal, ele sofre as conseqüências, porque não<br />

foi constituído para suportar um esforço superior às suas possibilida<strong>de</strong>s. O<br />

corpo físico é uma máquina como outra qualquer, que precisa <strong>de</strong><br />

lubrificação, limpeza, <strong>de</strong>scanso e trato, para que se possam manter<br />

regulados todos os órgãos, carregada a sua bateria magnética e ritmados os<br />

movimentos vibratórios internos. Não havendo cuidado e zelo na sua<br />

conservação, acontece o que se dá com todo o maquinismo maltratado que,<br />

prematuramente, se inutiliza.<br />

Os que encurtam a sua permanência na Terra, por força do <strong>de</strong>scuido,<br />

do <strong>de</strong>smazelo, da indiferença, da ânsia <strong>de</strong> <strong>de</strong>sfrutar gozos materiais, em<br />

prejuízo do seu corpo físico, cometem um suicídio lento e <strong>de</strong>sencarnam<br />

antes do tempo, por sua própria culpa. Vale a pena, pois, conhecer a<br />

verda<strong>de</strong> das coisas, evitando cometer levianda<strong>de</strong>s e falhas, para <strong>de</strong>pois não<br />

terem muito do que se arrepen<strong>de</strong>r.<br />

No suicídio lento ainda po<strong>de</strong> o indivíduo trabalhar no período em que<br />

o comete, em favor da coletivida<strong>de</strong> a que pertence, no que encontrará<br />

atenuantes que suavizarão um pouco o seu crime, ao passo que no caso do<br />

suicídio instantâneo, cessam, <strong>de</strong> um golpe, todas as oportunida<strong>de</strong>s. É assim<br />

este último um gesto trágico da mais funda e penosa repercussão na<br />

marcha dos acontecimentos futuros. É um procedimento insensato,<br />

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