Ao Encontro de Uma Nova Era - Racionalismo Cristão
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facilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação entre os seres, para fins culturais, para os<br />
intercâmbios, para as regalias terrenas.<br />
Os que não trabalham são parasitas sociais, são elementos nocivos,<br />
espúrios da or<strong>de</strong>m geral. Sofrem <strong>de</strong> insatisfação, <strong>de</strong> tédio, <strong>de</strong> ceticismo,<br />
provocados pelo vazio interior. Esses, além <strong>de</strong> não ajudarem a puxar o<br />
carro da vida, são arrastados como peso morto. Não colaboram com a<br />
coletivida<strong>de</strong>, apenas se servem <strong>de</strong>la. É uma condição penosa que se<br />
mantém pela falta <strong>de</strong> esclarecimento, <strong>de</strong> compreensão, <strong>de</strong> espiritualida<strong>de</strong>.<br />
O trabalho honesto é sempre honroso, seja <strong>de</strong> que natureza for. Ele é<br />
necessário e útil para a comunida<strong>de</strong>, que precisa que cada um se coloque<br />
no seu posto, conscientemente, na certeza <strong>de</strong> que está cumprindo tarefa <strong>de</strong><br />
valor.<br />
Uns ganham menos, outros mais, na programação funcional das<br />
ativida<strong>de</strong>s, por ser indispensável estabelecer, na vida <strong>de</strong> relação, planos<br />
diferentes para diferentes misteres, mas no fundo todos os trabalhos têm<br />
um valor intrínseco equivalente, do ponto-<strong>de</strong>-vista i<strong>de</strong>al. Naturalmente os<br />
trabalhos <strong>de</strong>sonestos que produzem a alimentação <strong>de</strong> vícios e a corrupção,<br />
não estão incluídos nesta or<strong>de</strong>m.<br />
Nada adianta ao cientista tentar pôr em prática os seus<br />
conhecimentos, se ele não tiver quem lhe ponha em or<strong>de</strong>m os<br />
instrumentos, quem lhe faça as roupas, quem lhe prepare os alimentos.<br />
Como se vê, os tipos <strong>de</strong> trabalho estão na <strong>de</strong>pendência uns dos outros,<br />
don<strong>de</strong> ressalta a equivalência dos mesmos.<br />
A civilização cria uma falsa concepção com respeito aos ganhos, por<br />
via da qual os mais bem remunerados se julgam melhores do que os<br />
outros, na classificação do trabalho. Há por certo, necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> chefes e<br />
subordinados, o que não significa, <strong>de</strong> modo algum, diminuição no<br />
alternado <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> cada um, pois o chefe nada teria que fazer se não<br />
dispusesse dos seus subordinados. Assim, o trabalho <strong>de</strong>ve ser encarado<br />
com superiorida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> um plano elevado, sabendo-se que ele é tão<br />
necessário aos homens, como a luz do Sol.<br />
Em cada setor <strong>de</strong> trabalho o indivíduo colhe <strong>de</strong>terminadas<br />
experiências, havendo necessida<strong>de</strong>, portanto, com o correr das<br />
reencarnações, <strong>de</strong> variar <strong>de</strong> trabalho, o que se dá, realmente, com os<br />
sucessivos renascimentos, para que as experiências se multipliquem, se<br />
renovem e ampliem.<br />
Deste modo, com o tempo, elas se somam, apuram o a<strong>de</strong>stramento,<br />
habilitam e aumentam a capacida<strong>de</strong> produtiva dos seres. Sem trabalho, tal<br />
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