Ao Encontro de Uma Nova Era - Racionalismo Cristão
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que merecem, a vida a que fizeram jus, e por isso não há queixas a fazer<br />
nem sofrimentos a lastimar. Se o presente não é como seria <strong>de</strong> <strong>de</strong>sejar, é<br />
porque o passado foi mal vivido. Então faça-se o possível para preparar, no<br />
presente, um futuro que não seja insuportável.<br />
Gran<strong>de</strong> mal fazem os "Credos" em escon<strong>de</strong>r a realida<strong>de</strong> sobre a lei<br />
das reencarnações, pois os suicidas ou os candidatos ao suicídio,<br />
integrantes <strong>de</strong> várias seitas religiosas, nunca chegariam a acalentar essa<br />
idéia, se conhecessem a verda<strong>de</strong>, se soubessem que voltarão<br />
a reencarnar em situação mais difícil e para enfrentar a mesma prova,<br />
se não vivessem iludidos, julgando, ignorantemente, que, <strong>de</strong>pois da morte<br />
trágica, virá para eles o <strong>de</strong>scanso, o sossego, a paz, a cessação dos<br />
sofrimentos!<br />
A presença, neste planeta, dos que nele se encontram, é atestado vivo<br />
<strong>de</strong> que cada um precisa corrigir falhas e <strong>de</strong>feitos <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m moral que os<br />
impe<strong>de</strong>m <strong>de</strong> ingressar em vida superior a esta. Os habitantes <strong>de</strong>ste mundo<br />
são imperfeitos, em grau maior ou menor, e aqui estão para aprimorar o<br />
seu estado espiritual, ou seja, para evoluir. O suicídio produz um agravo na<br />
soma das falhas existentes, e exigirá maior esforço <strong>de</strong> recuperação. Os<br />
agravos <strong>de</strong>sta natureza são crimes que representam <strong>de</strong>srespeitos às leis<br />
naturais.<br />
O candidato ao suicídio precisa receber apoio amigo e compreensivo<br />
<strong>de</strong> quem, já espiritualizado, conheça os meios <strong>de</strong> afastar <strong>de</strong>le os obsessores<br />
intransigentes. Precisa <strong>de</strong> receber esclarecimento da vida, como ela é<br />
realmente, para não alimentar ilusões quanto aos resultados futuros do seu<br />
gesto absurdo e doentio.<br />
Há a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ser tratado como doente mental, como um ser<br />
<strong>de</strong>sequilibrado, sem domínio próprio, sujeito à influência <strong>de</strong> uma força<br />
estranha, dominante, que martela, que incute e impõe. Po<strong>de</strong> a vítima da<br />
idéia do suicídio parecer normal e serena, mas, no fundo está procurando<br />
sufocar um vulcão <strong>de</strong> uma vigorosa intuição suicida. É a obsessão em<br />
movimento, em marcha, que conduz ao ato final, ao auto-assassinato.<br />
Po<strong>de</strong> o indivíduo sacrificar a sua vida em benefício <strong>de</strong> outras vidas,<br />
sem que tal gesto signifique suicídio. Certa vez, um grupo <strong>de</strong> alunos do<br />
Curso Militar fazia experiência <strong>de</strong> granadas <strong>de</strong> mão, quando, por <strong>de</strong>scuido,<br />
o dispositivo que produz a explosão <strong>de</strong>sarmou em uma <strong>de</strong>las; o engenho<br />
mortífero foi lançado ao solo, a curta distância, sem tempo <strong>de</strong> se pôr o<br />
grupo a salvo dos efeitos da <strong>de</strong>tonação, quando um dos alunos, em rápida<br />
<strong>de</strong>cisão, certo <strong>de</strong> que iriam todos ser sacrificados, num gesto <strong>de</strong> renúncia,<br />
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