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Ao Encontro de Uma Nova Era - Racionalismo Cristão

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18. Os Deveres<br />

Os espíritos encarnados aqui se encontram investidos <strong>de</strong> <strong>de</strong>veres<br />

intransferíveis; cada qual tem o seu, com o fim <strong>de</strong> servir-lhe <strong>de</strong> <strong>de</strong>puração<br />

para a alma. Na maioria das vezes não são os <strong>de</strong>veres agradáveis <strong>de</strong><br />

cumprir, po<strong>de</strong>m ser sumamente pesados, difíceis, estafantes, que exijam<br />

uma dose forte <strong>de</strong> sacrifício, <strong>de</strong> renúncia e <strong>de</strong> resignação.<br />

Compenetre-se, porém, a criatura <strong>de</strong> que eles não foram traçados<br />

para agradar, mas para amoldar o ser a <strong>de</strong>terminadas injunções da vida,<br />

para lapidar o caráter, para <strong>de</strong>senvolver o senso da responsabilida<strong>de</strong>, para<br />

ensinar a dirigir, a lidar com o próximo <strong>de</strong> temperamento <strong>de</strong>sigual, para<br />

fazer trabalhar o raciocínio, para aceitar a vida com ela é, e para cada um<br />

saber tirar do <strong>de</strong>ver imposto a lição que ele encerra.<br />

Po<strong>de</strong>-se consi<strong>de</strong>rar a humanida<strong>de</strong> dividida, economicamente, em três<br />

classes, a pobre, a média ou remediada, e a rica.<br />

Na classe pobre, impera, quase sempre, o trabalho manual ou braçal,<br />

mais ou menos ru<strong>de</strong>, que exige energia física, renúncia <strong>de</strong> conforto e<br />

severo controle da economia privada. Os <strong>de</strong>veres que se impõem a esta<br />

classe, perfeitamente <strong>de</strong>finidos, como nas <strong>de</strong>mais, asseguram a<br />

especialização dos ofícios, na sua gran<strong>de</strong> varieda<strong>de</strong>, habilitam os seres a<br />

praticar o socorro mútuo, pela ação direta, tornando-se responsáveis pelo<br />

suprimento das utilida<strong>de</strong>s, inclusive os produtos alimentícios, ao consumo<br />

comum, e entre os consumidores se incluem todas as classes: pobre, média<br />

e rica.<br />

A classe pobre suporta, em regra geral, o rigor da carência, às vezes<br />

com estoicismo, outras com exemplos <strong>de</strong> resignação. Poucos são os<br />

infelizes que se revoltam com a natureza humil<strong>de</strong> dos <strong>de</strong>veres, e procuram,<br />

em vão, sacudir o jugo das limitações a que estão sujeitos.<br />

Evi<strong>de</strong>ntemente é uma classe indispensável à vida, tanto quanto as<br />

outras, e por essa indispensabilida<strong>de</strong>, forçoso se toma que os seus<br />

representantes tenham paciência nos seus postos, pois se neles bem<br />

cumprirem os seus <strong>de</strong>veres, na volta à Terra terão oportunida<strong>de</strong>s muito<br />

melhores.<br />

O fato importante a registrar são as proveitosas lições recebidas nessa<br />

classe. Assim, os que nela trabalham, estão empregando muito bem o seu<br />

tempo e preparando-se para novos empreendimentos futuros. Nem todos<br />

os seus componentes são pessoas que se estão iniciando na vida espiritual;<br />

muitos são espíritos que já fizeram as suas incursões pelas outras classes,<br />

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