Ninguém po<strong>de</strong> avaliar quantos <strong>de</strong>sastres ocorrem motivados pela negligência; quantos valores se per<strong>de</strong>m, quantas vidas são prematuramente ceifadas, quantos <strong>de</strong>svios morais na educação da mocida<strong>de</strong>, quantos <strong>de</strong>smoronamentos <strong>de</strong> lares, quanta infelicida<strong>de</strong>, miséria e sofrimento! Por aí se vê que o elemento ruinoso que po<strong>de</strong> ser o negligente, consi<strong>de</strong>rado, até, quando responsável por uma calamida<strong>de</strong>, como um verda<strong>de</strong>iro flagelo! Todos <strong>de</strong>vem estar atentos, para que o germe da negligência não encontre guarida em nenhuma alma bem formada, conhecendo e reconhecendo a sua nefasta presença. O dinheiro, a vida folgada, o excesso <strong>de</strong> conforto, são, muitas vezes, os fatores responsáveis pela intromissão sorrateira <strong>de</strong>sse vírus altamente pernicioso. Todos precisam andar vigilantes, auscultando as ansieda<strong>de</strong>s da própria alma para verificar como se estão expandindo os sentimentos, as tendências e as predisposições. De nada vale conquistar o indivíduo valiosas dádivas terrenas, para per<strong>de</strong>r, com elas, a preciosa encarnação, ou parte <strong>de</strong>la. É necessário que todos se convençam <strong>de</strong> que a vida não <strong>de</strong>ve ser encarada, no espaço estreito <strong>de</strong> uma encarnação, mas com a amplitu<strong>de</strong> que abrange não só as outras encarnações, como o período intermediário entre elas, em que a criatura, no Plano Astral, presta o seu concurso maior ou menor ao Universo, consoante o cabedal componente do seu acervo espiritual. Tudo <strong>de</strong>ve fazer <strong>de</strong> maneira que, para uma inevitável pobreza <strong>de</strong>sse acervo, não constem as máculas da negligência. Com gran<strong>de</strong> sabedoria ficam as vidas anteriores encobertas pelo véu do esquecimento, para que ninguém se torture com as lembranças <strong>de</strong> passagens angustiosas, e também para que os inimigos <strong>de</strong> outrora possam tomar-se amigos <strong>de</strong> hoje. Pelas boas e más qualida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cada um, pelas experiências por que cada qual está passando, por outras observações, assim como pelo grau <strong>de</strong> negligência revelado, po<strong>de</strong>-se <strong>de</strong>duzir, aproximadamente, o que teria sido possível esperar <strong>de</strong> cada um na última passagem pela Terra. Aqueles que nesta vida são inimigos figadais entre si, terão <strong>de</strong> voltar à Terra, futuramente, em condições tais, que venham a tornar-se bons companheiros e amigos. Assim também o negligente que <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> prestar os serviços que lhe cabiam no meio em que viveu, terá <strong>de</strong> voltar para cumprir o que se eximiu <strong>de</strong> fazer na encarnação anterior. O negligente provoca, com o seu <strong>de</strong>scaso e <strong>de</strong>scuido no trabalho, um estado <strong>de</strong> 96
animosida<strong>de</strong> que o prejudica, pelos atritos que provoca. O negligente amarra-se, por débitos morais, a várias pessoas, a quem precisa, <strong>de</strong>pois, em outras vidas, fazer reparações, em encontros obrigatórios. Todos os seres fazem parte <strong>de</strong> uma gran<strong>de</strong> re<strong>de</strong>, em cujos; nós cada um se encontra, sempre ligado a outros por <strong>de</strong>veres, por sentimentos afins, por correlações funcionais, por i<strong>de</strong>alismo, por comunhão <strong>de</strong> pensamentos, por laços <strong>de</strong> afeto, por natureza emotiva, por formação moral. O negligente não po<strong>de</strong> viver no meio <strong>de</strong> seus iguais porque, mergulhados na inércia, todos soçobrariam. Por isso, precisa viver no meio dos ativos, dos po<strong>de</strong>rosos, dos enérgicos, para se recuperar. Cabe a estes suportar a carga, remo<strong>de</strong>lando-a, transformando-a, atidos a uma espinhosa missão cristã. 97
- Page 1 and 2:
Capa
- Page 3 and 4:
Prefácio A fabricação e utiliza
- Page 5 and 6:
Introdução Todos os estudantes do
- Page 7 and 8:
desfrutar a riqueza, e a multiplici
- Page 9 and 10:
édeas de comando do ego rebelde o
- Page 11 and 12:
Há os que desejam orientar-se para
- Page 13 and 14:
lado daqueles que podem antever os
- Page 15 and 16:
2. O Poder do Pensamento A manifest
- Page 17 and 18:
pensamento forte está um sentiment
- Page 19 and 20:
indivíduo, que precisa esmerar-se
- Page 21 and 22:
desânimo, pois as experiências ta
- Page 23 and 24:
dinâmica da vida, não comparticip
- Page 25 and 26:
4. Espiritualismo É sempre um peri
- Page 27 and 28:
Todo trabalho, na Terra como no Esp
- Page 29 and 30:
espeito, consideração e amizade,
- Page 31 and 32:
esconjuram quando o que se diz não
- Page 33 and 34:
fogueira pela "Santa Inquisição",
- Page 35 and 36:
Estão neste caso também os religi
- Page 37 and 38:
muito embora pretenda parecer um ca
- Page 39 and 40:
em grande parte, estarão assegurad
- Page 41 and 42:
pautam o seu viver muitos milhares
- Page 43 and 44:
8. A Imprensa A imprensa reflete o
- Page 45 and 46:
anteprojetos de lei que facilitem a
- Page 47 and 48: 9. O Que É Sagrado O Racionalismo
- Page 49 and 50: 10. A Força de Vontade Não há se
- Page 51 and 52: O indivíduo que desenvolve a forç
- Page 53 and 54: 11. Esferas de Ação O espírito,
- Page 55 and 56: Todos os espíritos encarnam para p
- Page 57 and 58: de que é um ser ativo ao serviço
- Page 59 and 60: em sua alma, em potencial, e a sua
- Page 61 and 62: abandonar as crendices anestesiante
- Page 63 and 64: O espiritualista nada deve procurar
- Page 65 and 66: Para saber-se se o indivíduo ainda
- Page 67 and 68: As almas hoje renunciadas obtiveram
- Page 69 and 70: Os espíritos do Astral Superior ob
- Page 71 and 72: maior estabilidade. Sem exceção,
- Page 73 and 74: 17. As Afinidades A afinidade entre
- Page 75 and 76: 18. Os Deveres Os espíritos encarn
- Page 77 and 78: sua grande e falsa oportunidade. En
- Page 79 and 80: Numa fábrica, numa usina, num escr
- Page 81 and 82: mundanas, refletidas pela inalaçã
- Page 83 and 84: O esforço que deve ser empregado p
- Page 85 and 86: em que a estrutura individual adqui
- Page 87 and 88: A hierarquia faz parte da vida no U
- Page 89 and 90: Os que andam por aí levando a vida
- Page 91 and 92: facilidades de comunicação entre
- Page 93 and 94: pastoreadas, consentindo que contin
- Page 95 and 96: exasperarem por nenhum motivo, esta
- Page 97: O negligente continua negligente, e
- Page 101 and 102: desequilíbrio mental dos seres, é
- Page 103 and 104: Deus fez o mundo em seis dias e des
- Page 105 and 106: e melhor compreensão para os acont
- Page 107 and 108: 27. Os Milagres A crença popular a
- Page 109 and 110: 28. Rezas e Orações As irradiaç
- Page 111 and 112: esta disciplina, não a podem prati
- Page 113 and 114: 30. Resenhas I - Concentração Nen
- Page 115 and 116: apoio senão numa idéia negativa,
- Page 117 and 118: É fundamental que os descuidos sej
- Page 119 and 120: 32. A Infidelidade Grave débito é
- Page 121 and 122: Convém meditar sobre este assunto.
- Page 123 and 124: Mas o sexo e a luxúria, estas duas
- Page 125 and 126: que merecem, a vida a que fizeram j
- Page 127 and 128: uinoso, destrutivo, que importa num
- Page 129 and 130: 34. Critérios I - Louvores No Raci
- Page 131 and 132: de um dos expoentes máximos da esp
- Page 133 and 134: 35. Sorte e Azar Sorte e azar são
- Page 135 and 136: Os que se voltam para a espirituali
- Page 137 and 138: 36. O Destino Quando o indivíduo p
- Page 139 and 140: Assim, os que crêem no destino, co
- Page 141 and 142: 37. Humanidade e Humanismo Há um f
- Page 143 and 144: permitir que milhões de espíritos
- Page 145 and 146: entendimento, trabalhado, por sécu
- Page 147 and 148: cristão ou de humanidade, e revela
- Page 149 and 150:
Conclusão Como vêem os leitores,
- Page 151 and 152:
Luiz de Mattos, Luiz Thomaz e Anton
- Page 153 and 154:
Não significa o aparecimento desta