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Ao Encontro de Uma Nova Era - Racionalismo Cristão

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34. Critérios<br />

I – Louvores<br />

No <strong>Racionalismo</strong> <strong>Cristão</strong> evitam-se os louvores. A vaida<strong>de</strong> é uma<br />

das últimas falhas que abandonam a criatura. Ela é terrivelmente enraizada<br />

no gênero humano. Há quem ostente a simplicida<strong>de</strong> pela vaida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ser<br />

simples. A vaida<strong>de</strong> escon<strong>de</strong>-se, traiçoeiramente, nos recônditos da alma, e<br />

os seus tentáculos se aprofundam <strong>de</strong> forma <strong>de</strong>sconhecida. Por isso nada<br />

<strong>de</strong>ve ser feito ou dito que alimente esse inimigo perigoso, quando não se<br />

sabe se está inteiramente morto.<br />

Na medida do esclarecimento, o indivíduo toma ciência do que vale,<br />

conhece-se a si mesmo e se acanha <strong>de</strong> ser elogiado, <strong>de</strong> passar pelo que não<br />

é, <strong>de</strong> ver alguém atribuir-lhe virtu<strong>de</strong>s que talvez não possua e privilégios<br />

que lhe pareçam estar acima dos seus merecimentos.<br />

Há certas ocasiões em que o louvor po<strong>de</strong> ser aplicado como um<br />

estímulo, como reconhecimento <strong>de</strong> uma ação meritória, como meio <strong>de</strong><br />

encorajar e realçar o exemplo, mas é preciso cuidado para não baratear o<br />

elogio, não <strong>de</strong>svalorizá-lo, não se o empregando bajulatória e<br />

inexpressivamente.<br />

Quanto mais espiritualizado for o ser, menos elogios <strong>de</strong>seja receber<br />

porque os estímulos e os encorajamentos lhe vão sendo <strong>de</strong>snecessários,<br />

cumpre o seu <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> maneira consciente e da melhor forma possível,<br />

sabendo que é sua obrigação proce<strong>de</strong>r da melhor maneira possível, que não<br />

faz favor nenhum e, portanto, não precisa ser aplaudido.<br />

A falsa modéstia é outra forma errada <strong>de</strong> agir, pois com ela o que às<br />

vezes se procura é a contestação, para provocar o elogio.<br />

Nesta <strong>de</strong>monstração faz-se o alertamento para que se abram os olhos<br />

da alma e se reflita sobre o assunto que constitui um ponto importante nos<br />

exercícios mentais <strong>de</strong> espiritualização.<br />

II – Agra<strong>de</strong>cimento<br />

O agra<strong>de</strong>cimento é um gesto afetuoso <strong>de</strong> <strong>de</strong>monstrar gratidão pelo<br />

favor ou atenção recebidos. O sentimento <strong>de</strong> gratidão é um dos elevados<br />

valores da alma. <strong>Uma</strong> criatura grata e reconhecida, atesta sentimentos<br />

apurados, compreensão humana; emociona-se com a bonda<strong>de</strong> alheia, tem<br />

em alta conta o sentido da solidarieda<strong>de</strong> e está sempre pronta a seguir o<br />

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