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margens occupadas por fazendas de creaçãode gado, presta suas agoas á navegação á vela, volta-se para S. E., recolhe o Gurguea, muito mais abaixo o Piauhy, e o Canindé que o impellem para o Norte, rega campos riquíssimos de armentio. toma as aguas do Foti, cento e vinte milhas adiante as do Longa; á poucas mais larga â direita um braço, que vae lançar-se no Oceano com o nome de Iliguaraçú (Iguarassú) equasi a igual distancia desprende á esquerda outro braço,que no lim de quatorze legoase com a denominação de Tutoya também entra no mar; no entanto segue o Parnahybasempre para o Norte, e depois de sahir-lhe ainda pela esquerda terceiro braço, que vae lançar-se no Oceano sob a designação de Ba^ra do Meio, também elle no fim de tres legoas já menos opulento desemboca pela foz que se chama Barra Veilia: seo curso é avaliado em trezentas e trinta legoas; sua melhor e mais fácil navegação em cento e cincoenta além de muitas mais para canoas; banha diversas povoações, as cidades de Therezlna, e a do seu nomee é extrema das províncias do Maranhão e Piauhy. A do Jaguaribe, que nasce na serrada Boa-Visia no Cearei,corre para oNorteaté a villa deS.Joãodo Principi, volta-se para Sueste, depois de banhar as povoações de Arneiros e da Cruz, torna-se para Leste, deixa a villa \\eS. Matheus á esquerda, abaixo da cidade de Icò recebe o Salgado, inclinando-se para o norte passa por Santa Roza, S. João, cidade de S. Bernardo, cidade de Aracaly, desemboca 110 Oceano tres legoas abaixo depois de engrossado por grande numero de pequenos tributários: seu curso excede á cento e vinte legoas: a maré vae acima da cidade de Aracaty. A do Parahyba (do Norte) 11a província do mesmo nome: tem este rio sua nascente na serra de Jabitacá, corre á principio por entre rochas, augmenta
— 123 de cabedal com as aguas de muitos ribeiros que aliás lhe falhão, quando a seccase prolonga, torna-se navegavel por canoas, atravessando odistricto do Pilar, recebe o ribeirão Guarahu um pouco acima da cidade capital da provincia,áque chogão com perfeita segurança sumacas, e vae lançar so no Oceano á algumas milhas do forte do Cabedeilo por duas bocas desiguaes e por entre um jardim de ilhas. A do Itapicuru que nasce na provinda da Bahia nos montes da comarca de Jacobina, á Leste do rio de S. Francisco, segue na direcção do Occidente para o Oriente, rega os territorios de S. Antonio dos Queimados, de Itapicurú, e lança-se no mar entre os rios Real e Tareiri, tendo cento e quarenta legoas de curso, e em sua embocadura apenas sete pés d'agua no meio de baixios. A do Paraquassú (escrevem também Paraguaçü) que é o mais caudaloso dos rios que desaguão na bahia de Todos os Santos; tem este rio sua nascente na serra da Chapada, e logo enriquecido por numerosos ribeiros cahe dos penedos da serra Cincorá em grande cachoeira, á dezeseis legoas depois por outra menos alta se precipita da serra do Timborá e por entre dous rochedos rompe e vae em seguida banharas cidades da Cachoeira e de' Mar agogipe antes de ir desaguar na bahia esplendida peia margem Occidental e com alargada foz. A do Jussiape ou do rio de Contas, ainda na provincia da Bahia: nasce este na serra de Tromba, oito legoas ao Noroeste da villa de Contas, toma em seo curso pela margem direita o Brumado ou de Conlas-pequeno, vence logo abaixo linda cachoeira, recebe os ribeiros Cincorá, e Gavião, entra na comarca dos Ilheos, recolhe os ribeiros Preto, Pires, Pedras, Agua Branca, Managorú, Arca, Oricô- Guassú, corre engrossado em leito de rochedos, e depois de banhar a villa Barra Grande do Rio de
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