50% - Vida Lusa
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Araposa e o lobo mataram dois<br />
carneiros e fugiram. Depois que<br />
se acharam seguros, deitararn-se<br />
a corner, mas 50 puderarn<br />
corner urn, e o outro ficou inteiro.<br />
Diz a raposa :<br />
- Compadre, é melhor enterrar-mos<br />
este carneiro e virmos cá amanhã<br />
comê-lo juntos.<br />
Vai o lobo e diz-lhe :<br />
- Mas nem eu nem tu termos faro,<br />
como é que o havermos tornar a achar?<br />
- Deixa-lhe o rabo de fora.<br />
Assirn se fez. No dia seguinte apresenta-se<br />
o lobo e diz :<br />
- Comadre, vamos comer o carneiro?<br />
- Hoje não posso; tenho de ir ser madrinha<br />
de um cachorrinho.<br />
O lobo fiou-se, mas a raposa foi ao lugar onde estava<br />
enterrado o carneiro e comeu um grande pedaço.<br />
No outro dia torna o lobo a perguntar-lhe :<br />
- Que nome puseste ao teu afilhado?<br />
- Comecei-te.<br />
MAGAZINE MAGAZINE BILINGUE BILINGUE<br />
N° 72 - Octobre Octobre 2004 2004<br />
Foto escolhida e cedida por Céline Callewaere Assine<br />
SIM<br />
1,80€<br />
Luso-descendentes,<br />
Luso-descendentes,<br />
a riqueza riqueza portuguesa<br />
portuguesa<br />
esbanjada esbanjada<br />
A raposa e o lobo<br />
o magazine <strong>Vida</strong> <strong>Lusa</strong> e o jornal Encontro<br />
11 números<br />
do magazine<br />
DAS COMUNIDADES DE LÍNGUA PORTUGUESA<br />
e do jornal<br />
por23,50€ em vez de 29,60€<br />
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D A S C O M U N I D A D E S D E L Í N G U A P O R T U G U E S A<br />
J ORN A L B ILÍNG U E<br />
Publicação Mensal ● Outubro/Novembro 2004 ● Portugal 2,00€ ● França 1,80€ ● Benelux 2,00€<br />
Santana Lopes<br />
falou ao país :<br />
“O próximo Orçamento<br />
✄<br />
Novembre 2004 — <strong>Vida</strong> <strong>Lusa</strong> n° 73 — 15<br />
Série II Ano XXVII l N° 277<br />
www.vidalusa.com<br />
será uma janela de<br />
esperança...”<br />
O primeiro-ministro, Pedro<br />
garantias para os profis-<br />
Por António Cardoso Santana Lopes, assegurou<br />
sionais, mas principal-<br />
estabilidade governativa,<br />
mente, para os cidadãos<br />
A comunicação social em<br />
pediu aos portugueses<br />
que queiram fazer ouvir<br />
Portugal estava sobretudo à<br />
para ignorarem o “ruído”<br />
a sua voz”.<br />
espera de “respostas” ao presi-<br />
e confirmou baixas no<br />
dente da República e “expli-<br />
IRS e aumentos nas pen-<br />
“Por vezes, há excessos<br />
cações sobre o caso das alegadas<br />
sões e salários da função<br />
nas palavras, como hou-<br />
pressões do governo sobre a TVI<br />
pública em 2005.<br />
ve de vários durante<br />
que, segundo alguns analis-<br />
“Não dêem importância<br />
estes dias”, admitiu o<br />
tas, teriam precipitado a de-<br />
ao ruído que vai à nossa<br />
primeiro-ministro.<br />
missão de Marcelo Rebelo de<br />
volta” em torno de “princí-<br />
Sousa do cargo de comenta-<br />
As “dúvidas sobre a<br />
pios e regras que não esdor<br />
que ocupava há cerca de<br />
solidez da democracia”<br />
tão em causa”, pediu<br />
quatro anos.<br />
colocadas ao longo dos<br />
Pedro Santana Lopes aos<br />
três últimos meses foram<br />
Expectativas defraudadas, o portugueses, numa comu-<br />
também abordadas por<br />
primeiro-ministro limitou-se nicação ao país em que<br />
Pedro Santana Lopes,<br />
a convidar os portugueses a fez um balanço dos cerca<br />
que assegurou que “às<br />
“não darem ouvidos a ruí- de três meses do seu Go-<br />
palavras e aos discursos<br />
dos” referindo que Portugal é verno.<br />
que se preocupam com a<br />
um “país livre onde a liber- “Com o Orçamento de 2005,<br />
aparência das coisas”, o<br />
dade comanda a vida” sem abrir-se-á uma janela de<br />
Governo responde com<br />
nunca referir o “caso” do esperança para todos”,<br />
a concretização de ob-<br />
célebre professor. “Todos so- sublinhou Santana Lopes.<br />
jectivos, nomeadamente<br />
mos livres no respeito da<br />
Sem se referir explicita-<br />
tornar Portugal “um país<br />
Lei”, disse ainda o primeiromente<br />
à saída de Marcelo Re-<br />
hegemónico na Comunicação mais rico e mais justo”.<br />
ministro, para bom entendebelo<br />
de Sousa da TVI, que<br />
Social”.<br />
dor salientando que o “plu-<br />
suscitou críticas ao governo,<br />
Relembrando que não foi no<br />
“Como condições essenciais<br />
ralismo é sagrado”, recusando<br />
Santana Lopes frisou que a<br />
seu Governo, nem no executi-<br />
para a acção do Governo, sub-<br />
todavia “concentração ou poder<br />
“liberdade comanda” a vida,<br />
vo liderado pelo ex-primeirolinho a estabilidade institu-<br />
hegemónico na Comunicação<br />
salientando que Portugal é um<br />
ministro Durão Barroso, “que cional, no cumprimento da<br />
Social”.<br />
“país livre”, onde os “cidadãos<br />
empresas com influência do Constituição, e a estabilidade da<br />
Em provável alusão recentes são livres, a justiça é livre, o<br />
Estado adquiriram posições coligação que suporta, maiori-<br />
declarações do presidente da parlamento é livre”.<br />
em órgãos de comunicação sotariamente, o Governo, na As-<br />
República, Santana falou da “Todos somos livres no respeito<br />
cial”, Santana Lopes referiu sembleia da República”, afirmou,<br />
“importância da estabilidade da Lei”, disse o primeiro-mi-<br />
que a maioria PSD/CDS-PP salientando que o executivo<br />
institucional, da necessidade nistro, assegurando que o “plu-<br />
“trabalhou para uma nova en- saberá, “a cada momento”,<br />
de os órgãos de soberania ralismo é sagrado” e recusando<br />
tidade reguladora e numa lei “fazer a avaliação dessa esta-<br />
falarem, em nome do Estado, “a concentração ou o poder<br />
da imprensa com suficientes bilidade”.<br />
a uma só voz”.<br />
Na sua comunicação ao país<br />
Santana Lopes abordou essencialmente<br />
questões sobre o<br />
próximo Orçamento de 2005,<br />
anunciando medidas importantes<br />
tais como a redução do<br />
IRS, o aumento das pensões Luxemburgo, - O ministro dos Negócios e, eventualmente, uma ajuda adicional.<br />
ou a subida dos vencimentos Estrangeiros de Portugal, António O ministro irá fazer o ponto da situação<br />
na função pública, prometendo Monteiro, considerou “boas notícias” na Guiné-Bissau aos seus congéneres<br />
enquadrá-las no cumprimen- a assinatura do “memorando de ento<br />
do rigor orçamental ditado tendimento” na Guiné-Bissau, e espera de ajuda rapidamente.<br />
por Bruxelas.<br />
que os 25 apoiem o pedido de ajuda Um memorando de entendimento foi<br />
ao país que Lisboa vai formular. assinado domingo dia 10 de Outubro,<br />
Além dos jornalistas, tam- “Penso que estão criadas condições de em Bissau, entre o primeiro-ministro<br />
bém a oposição pareceu ter estabilidade que permitem avançar e o representante dos militares que se<br />
sido apanhada de surpresa com o pedido de ajuda”, disse António sublevaram quarta-feira.<br />
pelo conteúdo e pela forma Monteiro à entrada para a reunião dos O texto contempla uma proposta de<br />
como o primeiro-ministro abor- ministros dos Negócios Estrangeiros amnistia, um indulto a discutir na<br />
dou a sua primeira grande da União Europeia, no Luxemburgo. Assembleia e a satisfação da maior<br />
comunicação aos portugue- O chefe da diplomacia portuguesa de- parte das reivindicações dos sublevados.<br />
ses.fende<br />
que o apoio é importante para Numa cerimónia para o efeito,<br />
Guilherme Oliveira Martins, “garantir condições de governabili- rubricaram o documento o primeiro-<br />
do Partido Socialista, disse dade” na Guiné- Bissau.<br />
ministro Carlos Gomes Júnior, o ac-<br />
que se “mantém o estilo do António Monteiro irá fazer um pedido de tual inspector- geral das Forças<br />
governo, dizer num dia e des-<br />
Armadas, general Tagme Na Wai, o<br />
dizer no dia seguinte”. Europeu de Desenvolvimento (FED) líder dos sublevados, major Bauté<br />
Referindo que “é a primeira<br />
Ianta Namam, e o general Abdoulaye<br />
vez que se faz uma divul-<br />
Dieng, representante da CEDEAO e<br />
gação do Orçamento de Esta-<br />
embaixador do Senegal em Bissau.<br />
do na televisão e não no<br />
A rebelião iniciou-se na quarta-feira dia 6<br />
Parlamento”, o responsável<br />
de Outubro, tendo perecido o chefe do<br />
socialista disse também que<br />
“a questão essencial é saber<br />
(CEMGFA), general Veríssimo Cor-<br />
se vai haver cortes nos benereia<br />
Seabra, e o porta-voz do Estadofícios<br />
fiscais para os planos<br />
Maior, coronel Domingos Barros.<br />
FPB<br />
Continua página 20<br />
N°1 vers le Portugal…<br />
et le Brésil…<br />
Réservations et informations<br />
Santana Lopes garante estabilidade<br />
e confirma menos impostos e mais salários<br />
Na sua comunicação, Pedro<br />
Santana Lopes salientou estar<br />
consciente da “importância da<br />
estabilidade institucional, da<br />
necessidade de os órgãos de<br />
soberania falarem, em nome<br />
do Estado, a uma só voz”, e da<br />
“relevância que essa concertação<br />
tem na credibilidade externa<br />
de Portugal”.<br />
O primeiro-ministro afirmou<br />
ler diariamente os telegramas<br />
das embaixadas portuguesas<br />
que “informam sobre as posições<br />
dos governantes dos países<br />
onde estão sediadas” para<br />
salientar que “uma qualquer<br />
descoordenação nas posições<br />
dos órgãos de soberania de<br />
Portugal é sempre avaliada<br />
por outros, não ajudando à imagem<br />
do país e à defesa dos interesses<br />
portugueses”.<br />
“Pela minha parte, e como<br />
sabem, sempre que me pronuncio<br />
publicamente, exprimo<br />
convergência e nunca divergência<br />
com os outros órgãos de<br />
soberania. Não tenho dúvidas<br />
de que o interesse nacional assim<br />
o aconselha”, disse.<br />
O primeiro-ministro assegurou<br />
ainda que o executivo vai cumprir<br />
o programa aprovado na Assembleia<br />
da República até ao<br />
termo da legislatura, lembrando<br />
Guiné-Bissau<br />
António Monteiro congratula-se<br />
com acordo e quer apoio dos 25<br />
“ajudas genérico” que poderá vir do Fundo<br />
europeus e sensibilizá-los para a aprovação<br />
Estado-Maior General das Forças Armadas<br />
LENDAS<br />
Exclama o lobo :<br />
- Que nome! Vamos comer o carneiro?<br />
- Ai, compadre (disse-lhe a raposa), hoje também<br />
não pode ser ; estou convidada para ir<br />
ser madrinha.<br />
O lobo fiou-se ; a raposa tornou a ir<br />
comer sozinha. Ao outro dia vem o lobo :<br />
- Que nome deste ao teu afilhado?<br />
- Meei-te.<br />
- Que nome! (replica o lobo). Vamos comer<br />
o carneiro? A raposa tornou a escusar-se com outro<br />
baptizado, e foi acabar de comer o carneiro.<br />
O lobo vem :<br />
- Como se chama o teu afilhado?<br />
- Acabei-te.<br />
- Vamos comer o carneiro?<br />
Foram e chegaram ao sítio ;<br />
assim que viram a rabo, disse<br />
a raposa :<br />
- Puxa com força, compadre!<br />
O lobo puxou, e caiu de pernas<br />
para o ar ; a raposa safou-se. ■<br />
(lenda do Airão)<br />
ou www.tap.fr<br />
Continua página 20<br />
BHARATA-NATYAM<br />
Dança tradicional do Sul da Índia<br />
Maria Mendes Ferreira de Oliveira<br />
TARIKAVALLI<br />
0,12 euros TTC/min.