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páginas “6” e “23”, quando menciona o vers. 57 ... - Mkmouse.com.br

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Tudo isso é evidentemente sem forma e vazio; são condições abstratas e não idéias<<strong>br</strong> />

positivas. O passo seguinte tem que ser a idéia de posição. É preciso formular esta tese:<<strong>br</strong> />

se há alguma coisa exceto o nada, tem que existir dentro dessa luz ilimitada; dentro<<strong>br</strong> />

desse espaço; dentro desse Nada inconcebível, que não pode existir <strong>com</strong>o nada, mas tem<<strong>br</strong> />

que ser concebido <strong>com</strong>o um nada criado da aniquilação de dois opostos imaginários.<<strong>br</strong> />

Assim aparece o ponto, que não tem “nem partes nem magnitude, mas somente posição”.<<strong>br</strong> />

Contudo, posição não significa coisa alguma, a não ser que haja alguma coisa a mais,<<strong>br</strong> />

alguma outra posição <strong>com</strong> a qual ela possa ser <strong>com</strong>parada. Tem-se que descrevê-la, e o<<strong>br</strong> />

único modo de fazê-lo é possuir um outro ponto, o que significa que é preciso inventar o<<strong>br</strong> />

número dois, tornando possível a linha.<<strong>br</strong> />

Mas essa linha não significa realmente muito, porque não existe ainda medida de<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>primento. O limite do conhecimento neste estágio é que há duas coisas, de modo que<<strong>br</strong> />

se pode falar so<strong>br</strong>e elas, mas não se pode dizer que estão uma próxima da outra ou que<<strong>br</strong> />

estão muito apartadas; é-se apenas capaz de dizer que estão distantes. Para efetivamente<<strong>br</strong> />

discernir-se entre elas, é necessário que haja uma terceira coisa. Precisamos ter um outro<<strong>br</strong> />

ponto. Tem-se que inventar a superfície; tem-se que inventar o triângulo. Ao fazer isto, a<<strong>br</strong> />

propósito, a totalidade da geometria plana surge. É-se capaz de dizer agora: - “A está<<strong>br</strong> />

mais próximo de B do que A está de C”.<<strong>br</strong> />

Mas, até agora, não há nenhuma substância em quaisquer dessas idéias. Na verdade, não<<strong>br</strong> />

há quaisquer idéias, salvo a de distância e talvez a de intermediariedade e a de medição<<strong>br</strong> />

angular, de sorte que a geometria plana, que agora existe em teoria, é, afinal de contas,<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>pletamente dispersiva e incoerente. Não houve nenhuma aproximação da concepção<<strong>br</strong> />

de uma coisa realmente existente. Tudo que se realizou foi a fa<strong>br</strong>icação de definições, e<<strong>br</strong> />

tudo num mundo puramente ideal e imaginário.<<strong>br</strong> />

Agora, então, vem o abismo. Não se pode avançar mais no ideal. O próximo passo tem<<strong>br</strong> />

que ser o real; ao menos, uma abordagem do real. Há três pontos, mas nenhuma idéia de<<strong>br</strong> />

onde qualquer um deles está. Um quarto ponto é essencial, e este formula a idéia de<<strong>br</strong> />

matéria.<<strong>br</strong> />

O ponto, a linha, o plano. O quarto ponto, contanto que não esteja no plano, produz o<<strong>br</strong> />

sólido. Caso se queira saber a posição de qualquer ponto, tem-se que defini-lo pelo<<strong>br</strong> />

emprego de três eixos coordenados: - “São tantos metros da parede norte, e tantos<<strong>br</strong> />

metros da parede leste, e tantos pés do piso.”<<strong>br</strong> />

Assim, desenvolveu-se do nada um algo do qual se pode dizer que existe. Chegou-se à<<strong>br</strong> />

idéia de matéria. Mas esta existência é excessivamente tênue, pois a única propriedade de<<strong>br</strong> />

qualquer ponto é sua posição em relação a certos outros pontos; nenhuma mudança é<<strong>br</strong> />

possível; nada é capaz de acontecer. Portanto, ao se analisar a realidade conhecida, devese<<strong>br</strong> />

postular uma quinta idéia positiva, que é aquela do movimento.<<strong>br</strong> />

A idéia de movimento implica na de tempo, pois somente através do movimento, e dentro<<strong>br</strong> />

do tempo, pode qualquer evento ocorrer. Sem essa mudança e seqüência, nada é capaz de<<strong>br</strong> />

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