páginas “6” e “23”, quando menciona o vers. 57 ... - Mkmouse.com.br
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Parsifal, em sua primeira fase é Der reine Tor, O Louco Puro. Seu primeiro ato é atirar<<strong>br</strong> />
no cisne sagrado. É o desregramento da inocência. No segundo ato, é a mesma qualidade<<strong>br</strong> />
que o capacita a resistir aos agrados das damas no jardim de Kundry. Klingsor, o mago<<strong>br</strong> />
mau, que pensava em preencher as condições da vida pela auto-mutilação, vendo seu<<strong>br</strong> />
império ameaçado, arremessa a lança sagrada (que havia furtado da Montanha da<<strong>br</strong> />
Salvação) em Parsifal, mas esta se mantém suspensa so<strong>br</strong>e a cabeça do menino. Parsifal a<<strong>br</strong> />
agarra; em outras palavras, atinge a puberdade (esta transformação será vista nas outras<<strong>br</strong> />
fábulas simbólicas na seqüência).<<strong>br</strong> />
No terceiro ato, a inocência de Parsifal amadureceu em santificação; ele é o sacerdote<<strong>br</strong> />
iniciado cuja função é criar. É Sexta-Feira Santa, o dia das trevas e da morte. Onde<<strong>br</strong> />
buscará ele sua salvação ? Onde é Monsalvat, a montanha da salvação, que ele buscou<<strong>br</strong> />
por tanto tempo em vão ? Ele venera a lança: imediatamente, o caminho, há tanto tempo<<strong>br</strong> />
fechado para ele, está aberto; o cenário muda rapidamente, não havendo necessidade para<<strong>br</strong> />
que ele se mova. Ele chegou ao Templo do Graal. Toda religião cerimonial verdadeira<<strong>br</strong> />
deve ser solar e fálica em caráter. É o ferimento de Amfortas que removeu a virtude do<<strong>br</strong> />
templo (Amfortas é o símbolo do deus que morre).<<strong>br</strong> />
Conseqüentemente, a fim de redimir toda a situação, destruir a morte, reconsagrar o<<strong>br</strong> />
templo, basta-lhe mergulhar a lança no Cálice Sagrado. Ele redime não só Kundry, mas a<<strong>br</strong> />
si mesmo (esta era, então, uma doutrina somente apreciável em sua plenitude pelos<<strong>br</strong> />
mem<strong>br</strong>os do Santuário Soberano da Gnosis do Nono Grau da O. T. O.).<<strong>br</strong> />
O Crocodilo (Mako, filho de Set, ou Sebek)<<strong>br</strong> />
A mesma doutrina de máxima inocência evoluindo para máxima fertilidade é encontrada<<strong>br</strong> />
no antigo Egito no simbolismo do deus-crocodilo, Sebek. A tradição diz que o crocodilo<<strong>br</strong> />
era desprovido do meio de perpetuar sua espécie (<strong>com</strong>parar <strong>com</strong> o que foi <strong>menciona</strong>do<<strong>br</strong> />
anteriormente so<strong>br</strong>e o abutre Maut). Não a despeito disto, mas devido a isto, ele era o<<strong>br</strong> />
símbolo da energia criativa máxima (Freud, <strong>com</strong>o se verá mais tarde, explica esta<<strong>br</strong> />
aparente antítese).<<strong>br</strong> />
Mais uma vez, o reino animal é invocado para desempenhar a função de gerar o redentor.<<strong>br</strong> />
Às margens do Eufrates os homens veneravam Oannes, ou Dagon, o deus-peixe. O peixe<<strong>br</strong> />
na qualidade de símbolo de paternidade, de maternidade, de perpetuação da vida<<strong>br</strong> />
geralmente, se reitera constantemente. A letra Nun (correspondente ao N e que em<<strong>br</strong> />
he<strong>br</strong>aico significa peixe) é um dos hieróglifos originais que representa essa idéia,<<strong>br</strong> />
aparentemente por causa das reações mentais estimuladas na mente pela contínua<<strong>br</strong> />
repetição dessa letra. Há, assim, di<strong>vers</strong>os deuses, deusas e heróis epônimos cujas lendas<<strong>br</strong> />
são funções da letra N (<strong>com</strong> referência a esta letra, ver o Atu XIII). Está ligada ao norte e,<<strong>br</strong> />
assim, <strong>com</strong> os céus estrelados em torno da Estrela Polar; também <strong>com</strong> o vento do norte, e<<strong>br</strong> />
a referência é <strong>com</strong> os signos da água. Daí estar presente a letra Nun (N) nas lendas do<<strong>br</strong> />
dilúvio e dos deuses-peixes. Na mitologia he<strong>br</strong>aica, o herói pertinente é Noé. Note-se,<<strong>br</strong> />
inclusive, que o símbolo do peixe foi escolhido para representar o redentor ou falo, o<<strong>br</strong> />
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