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páginas “6” e “23”, quando menciona o vers. 57 ... - Mkmouse.com.br

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Zeus Arrhenothelus<<strong>br</strong> />

Ao se lidar <strong>com</strong> Zeus, é-se colocado imediatamente frente esta deliberada confusão do<<strong>br</strong> />

masculino e o feminino. Nas tradições grega e latina acontece a mesma coisa. Dianus e<<strong>br</strong> />

Diana são gêmeos e amantes; tão logo um profere a feminino isto leva à identificação<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> o masculino, e vice-<strong>vers</strong>a, tendo que ser o caso em vista dos fatos biológicos da<<strong>br</strong> />

natureza. É somente no Zeus Arrhenothelus que se obtém a verdadeira natureza<<strong>br</strong> />

hermafrodita do símbolo sob forma unificada. Este é um fato de grande monta,<<strong>br</strong> />

especialmente para o presente propósito, porque imagens desse deus aparecem e<<strong>br</strong> />

reaparecem na alquimia. É quase impossível descrever isto claramente; a idéia diz<<strong>br</strong> />

respeito a uma faculdade da mente que está “acima do Abismo”, mas todas as águias<<strong>br</strong> />

bicéfalas <strong>com</strong> símbolos aglomerando-se em torno delas constituem indicações dessa<<strong>br</strong> />

idéia. O sentido último parece ser o de que o deus original é tanto macho quanto fêmea, o<<strong>br</strong> />

que é, está claro, a doutrina essencial da Qabalah; e a coisa mais difícil de entender a<<strong>br</strong> />

respeito da tradição posterior adulterada do Velho Testamento * é que ele representa o<<strong>br</strong> />

Tetragrammaton <strong>com</strong>o masculino a despeito dos dois <strong>com</strong>ponentes femininos. Zeus se<<strong>br</strong> />

tornou demasiado popular e, conseqüentemente, demasiadas lendas se agruparam em<<strong>br</strong> />

torno dele, mas o fato importante relativamente ao propósito em pauta é que Zeus era de<<strong>br</strong> />

maneira peculiar o Senhor do Ar. ** Homens que buscaram a origem da natureza nos<<strong>br</strong> />

tempos mais primitivos tentaram desco<strong>br</strong>ir essa origem em um dos elementos ( a história<<strong>br</strong> />

da filosofia descreve a controvérsia entre Anaximandro e Zenócrates, depois<<strong>br</strong> />

Empédocles). Pode ser que os autores originais do Tarô estivessem tentando promulgar a<<strong>br</strong> />

doutrina segundo a qual a origem de tudo era o ar. Entretanto, se assim fosse,<<strong>br</strong> />

transtornaria todo o Tarô tal <strong>com</strong>o nós o conhecemos, já que a ordem de origem faz do<<strong>br</strong> />

fogo o primeiro pai. É o ar <strong>com</strong>o zero que reconcilia a antinomia.<<strong>br</strong> />

* Era um necessidade tribal dos nômades selvagens ter um demiurgo incivilizado e<<strong>br</strong> />

simples <strong>com</strong>o deus; as <strong>com</strong>plexidades e refinamentos das nações estabelecidas eram para<<strong>br</strong> />

eles mera debilidade. Observe-se que no momento em que eles conseguiram uma Terra<<strong>br</strong> />

Prometida e um Templo, sob Salomão, ele andou “se prostituindo atrás de mulheres<<strong>br</strong> />

estranhas” e deuses. Isto enfureceu os profetas de linha dura, levando em poucos anos à<<strong>br</strong> />

ruptura entre Judá e Israel, e desde então a toda uma seqüência de desastres.<<strong>br</strong> />

** Os relatos mais primitivos relacionam a distribuição dos três elementos ativos fazendo<<strong>br</strong> />

corresponder Dis (Plutão) ao fogo, Zeus (Júpiter) ao ar e Poseidon (Netuno) à água.<<strong>br</strong> />

Dianus e Diana, é verdade, eram símbolos do ar e os Vedas em sânscrito afirmam que os<<strong>br</strong> />

deuses da tempestade eram os deuses originais. Contudo, se os deuses da tempestade<<strong>br</strong> />

realmente presidiram a formação do uni<strong>vers</strong>o <strong>com</strong>o nós o conhecemos, eles eram<<strong>br</strong> />

certamente tempestades de fogo, <strong>com</strong> o que os astrônomos concordam. Mas esta teoria<<strong>br</strong> />

seguramente implica numa identificação do ar e o fogo, e parece <strong>com</strong>o se eles fossem<<strong>br</strong> />

pensados <strong>com</strong>o anteriores à luz, ou seja, ao Sol; anteriores à energia criativa, isto é, o<<strong>br</strong> />

falo, e esta idéia continuamente sugere, ela mesma, que existe aqui alguma doutrina<<strong>br</strong> />

contrária à nossa própria doutrina mais razoável: aquela na qual a confusão original dos<<strong>br</strong> />

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