páginas “6” e “23”, quando menciona o vers. 57 ... - Mkmouse.com.br
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desgraça ir caçar na lua cheia”. Isto ganharia força ao ser repetido através das gerações<<strong>br</strong> />
em função da preguiça mental e não sofreria qualquer transtorno porque o tabu tornaria<<strong>br</strong> />
improvável a recorrência da coincidência original. Se, entretanto, algo similar ocorresse<<strong>br</strong> />
na lua nova haveria uma nova superstição, e logo haveria um <strong>com</strong>pleto nexo do tabu em<<strong>br</strong> />
relação à lua.<<strong>br</strong> />
Um caso recente. O falecido Sr. S. L. Mathers publicou em 1898/1899 a tradução de um<<strong>br</strong> />
manuscrito intitulado The Sacred Magic of A<strong>br</strong>amelin the Mage *** numa pequena<<strong>br</strong> />
edição privada. Algumas centenas de pessoas o <strong>com</strong>praram. Um grupo de <strong>com</strong>pradores<<strong>br</strong> />
em especial, sob a observação pessoal de Mathers, foi todo, ou quase todo, atingido pela<<strong>br</strong> />
desgraça. Dentro de um ano as pessoas diziam que era terrivelmente perigoso ter o tal<<strong>br</strong> />
livro na prateleira da estante.<<strong>br</strong> />
*** O título <strong>com</strong>pleto é The Book of the Sacred Magic of A<strong>br</strong>amelin the Mage, publicado<<strong>br</strong> />
no Brasil por esta editora (O Livro da Magia Sagrada de A<strong>br</strong>amelin, o Mago) (NT).<<strong>br</strong> />
Resistiria esta teoria ao exame estatístico? Quem poderia dizê-lo? Mas, suficientemente<<strong>br</strong> />
curioso, em 1938 e.v., um exemplar descurado foi retirado de seu esconderijo numa<<strong>br</strong> />
prateleira obscura. Imediatamente, ocorreram desastres à maioria das pessoas envolvidas,<<strong>br</strong> />
e àquelas <strong>com</strong> as quais estas estavam em relação estreita. Post hoc propter hoc. Mas<<strong>br</strong> />
quem pode ter certeza ?<<strong>br</strong> />
AS CARTAS DO TARÔ COMO SERES VIVOS<<strong>br</strong> />
A ciência vitoriana, inflamada <strong>com</strong> sua vitória so<strong>br</strong>e o so<strong>br</strong>enaturalismo, estava<<strong>br</strong> />
absolutamente certa ao declarar o in<strong>com</strong>ensurável “fora dos limites”. Tinha o direito de<<strong>br</strong> />
fazê-lo no campo técnico e constituiu uma necessidade estratégica de sua ofensiva, mas<<strong>br</strong> />
ela tolheu a si mesma limitando seu alcance. Fez-se vulnerável aos ataques mais letais da<<strong>br</strong> />
filosofia. Então, especialmente a partir do ângulo da física matemática, suas próprias<<strong>br</strong> />
generalidades traíram seu dogmatismo. A essência da ciência atualmente é bem mais<<strong>br</strong> />
misteriosa do que as mais nebulosas especulações de Leibnitz, Spinoza ou Hegel; a<<strong>br</strong> />
moderna definição de matéria lem<strong>br</strong>a as pessoas irresistivelmente da definição de espírito<<strong>br</strong> />
dada por místicos <strong>com</strong>o Ruys<strong>br</strong>oek, Boehme e Molinos. A idéia do uni<strong>vers</strong>o na mente de<<strong>br</strong> />
um matemático moderno é uma singular reminiscência dos desvarios de William Blake.<<strong>br</strong> />
Mas os místicos estavam todos errados <strong>quando</strong> eram piedosos e sustentavam que seus<<strong>br</strong> />
mistérios eram demasiado sagrados para serem analisados. Deviam ter sondado a idéia de<<strong>br</strong> />
medida. Isto é exatamente o que foi feito pelos magos e qabalistas. A dificuldade foi que<<strong>br</strong> />
as unidades de medida foram elas mesmas um tanto elásticas, tendendo, inclusive, a ser<<strong>br</strong> />
literárias. Suas definições eram tão circulares quanto, mas não mais fugazes do que, as<<strong>br</strong> />
definições dos físicos de hoje. Seus métodos eram empíricos a despeito de seu esforço<<strong>br</strong> />
para os tornarem precisos, pois a falta de medidas exatas e aparelhos padrões não o<<strong>br</strong> />
permitia, porque eles não haviam formulado ainda qualquer teoria científica verdadeira.<<strong>br</strong> />
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