páginas “6” e “23”, quando menciona o vers. 57 ... - Mkmouse.com.br
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Considere novamente a carta que une o número 1 ao número 6. Seu nome é A Alta<<strong>br</strong> />
Sacerdotisa e é atribuída à lua. A carta representa a Ísis Celestial, sendo um símbolo de<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>pleta pureza espiritual e iniciação em sua forma mais secreta e íntima, descendo<<strong>br</strong> />
so<strong>br</strong>e a consciência humana a partir da suprema consciência divina. Contemplada de<<strong>br</strong> />
baixo, é a aspiração pura e inabalável do homem à divindade, sua fonte. Será adequado<<strong>br</strong> />
tratar mais detalhadamente dessas matérias <strong>quando</strong> estivermos <strong>com</strong> as cartas<<strong>br</strong> />
separadamente.<<strong>br</strong> />
Do exposto até aqui, transparece que o Tarô ilustra, primeiramente, a Árvore da Vida em<<strong>br</strong> />
seu aspecto uni<strong>vers</strong>al e, em segundo lugar, o <strong>com</strong>entário particular que ilustra a fase da<<strong>br</strong> />
Árvore da Vida que interessa particularmente ãs pessoas encarregadas da guarda da<<strong>br</strong> />
espécie humana no momento específico da produção autorizada de dado baralho. É,<<strong>br</strong> />
conseqüentemente, correto para aqueles guardiões alterar o aspecto do baralho <strong>quando</strong><<strong>br</strong> />
lhe parecer bom fazê-lo. O próprio baralho tradicional foi submetido a numerosas<<strong>br</strong> />
modificações, adotadas de acordo <strong>com</strong> a conveniência. Por exemplo, O Imperador e a A<<strong>br</strong> />
Imperatriz nos baralhos medievais se referiam de maneira absolutamente definida ao<<strong>br</strong> />
Santo Imperador Romano e sua consorte. A carta originalmente denominada O<<strong>br</strong> />
Hierofante, representando Osíris (<strong>com</strong>o é mostrado pelo formato da tiara) tornou-se, no<<strong>br</strong> />
período renascentista, O Papa. A Alta Sacerdotisa passou a ser chamada de Papisa Joana,<<strong>br</strong> />
representando uma certa lenda simbólica que circulava entre os iniciados e se tornou<<strong>br</strong> />
vulgarizada na fábula de uma papisa. Ainda mais importante, O Anjo, ou O Juízo Final,<<strong>br</strong> />
representava a destruição do mundo pelo fogo. Seu hieróglifo é, de uma certa forma,<<strong>br</strong> />
profético, pois <strong>quando</strong> o mundo era destruído pelo fogo em 21 de março de 1904,* a<<strong>br</strong> />
atenção de alguém era inevitavelmente atraída para a semelhança dessa carta <strong>com</strong> a<<strong>br</strong> />
Estela da Revelação. Sendo este o início do novo aeon, pareceu mais adequado exibir o<<strong>br</strong> />
início do aeon, pois tudo que se sabe do próximo aeon, vigente por 2.000 anos, é que seu<<strong>br</strong> />
símbolo é aquela de cetro duplo.** Mas o novo aeon produziu alterações tão fantásticas<<strong>br</strong> />
na ordem estabelecida das coisas, que seria evidentemente absurdo tentar proceder às<<strong>br</strong> />
tradições desgastadas, pois “os rituais de outrora são negros.” Por conseguinte, o esforço<<strong>br</strong> />
deste escriba tem sido no sentido de preservar aquelas características essenciais do Tarô,<<strong>br</strong> />
que são independentes das alterações periódicas do aeon, ao mesmo tempo modernizando<<strong>br</strong> />
os aspectos dogmáticos e artísticos do baralho que acabaram por se tornar ininteligíveis.<<strong>br</strong> />
A arte do progresso consiste em manter incólume o eterno e, contudo, adotar uma<<strong>br</strong> />
posição de vanguarda, talvez em alguns casos quase revolucionária, <strong>com</strong> respeito aos<<strong>br</strong> />
acidentes que estão sujeitos ao império do tempo.<<strong>br</strong> />
* Ver O Equinócio dos Deuses.<<strong>br</strong> />
** Ver O Livro da Lei, III, 34. A referência é a Maat, Têmis, Senhora do equilí<strong>br</strong>io.<<strong>br</strong> />
O TARÔ E O UNIVERSO<<strong>br</strong> />
O Tarô é uma representação pictórica das forças da natureza, concebida pelos antigos<<strong>br</strong> />
segundo certo simbolismo convencional.<<strong>br</strong> />
III<<strong>br</strong> />
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