Disponível - Fama
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Neste contexto o professor não pode propor conhecimentos diferentes do que os<br />
alunos já possuem daí justificam-se as críticas aos profissionais que trabalham alicerçados<br />
somente nos livros didáticos previamente escolhidos. Para Borges (2001) é indispensável<br />
procurar despertar o espírito de observação dos alunos e levá-los a expressar, de alguma<br />
forma, essas experiências. Na fase inicial do Ensino Fundamental, os alunos dão início a<br />
estudos centrados nas suas próprias perspectivas, relatam suas experiências através dos textos,<br />
cartazes, desenhos, mapas e dramatizações.<br />
Nas fases subseqüentes, agora com um poder de discussão maior, os alunos devem ser<br />
levados a entender e a questionar as relações sociais entre a sociedade e a natureza, discussões<br />
que deverão evoluir para outros lugares, outras realidades que não as que são conhecidas do<br />
convívio de todos.<br />
Conforme ao já exposto, a Geografia, como as demais disciplinas que compõem o<br />
currículo do Ensino Fundamental e Médio, tem por objetivo desenvolver a capacidade de<br />
observar, analisar, pensar criticamente a realidade. O sentido globalizado tem como objetivo,<br />
substituir o ensino tradicional, compartimentado e sem uma visão de conjunto, quando em<br />
sala de aula, professores e alunos à geografia dos países, das capitais, dos acidentes<br />
geográficos, do quadro natural, da população, da economia, como se cada um desses<br />
elementos fosse estanque (ARAÚJO, 2001).<br />
Segundo Araújo (2001), é um grande erro não priorizar temas e/ou estratégias<br />
pedagógicas que não levam os alunos a ultrapassar uma visão egoística de mundo, um ensino<br />
que não fornece aos alunos instrumentos de análise da realidade da sua família e do seu meio<br />
social, bem como a realidade social com a qual está comprometido. É muito importante dar<br />
aos alunos a capacidade de leitura, de interpretação e de participação nos seus próprios<br />
conhecimentos, pois assim eles poderão superar o seu natural, integrando-se a uma nova<br />
realidade – a realidade cultural.<br />
Ultrapassar os limites de uma educação fechada é imprescindível, pois como afirmam<br />
os PCNs, a natureza não se explica pela natureza, o econômico não se explica pelo econômico<br />
e assim por diante. O problema consiste na interação entre os elementos do espaço geográfico.<br />
Se o livro didático os apresenta fragmentados, cabe ao professor o papel de avaliar<br />
criticamente tal procedimento, recuperando a sua condição de produtor de conhecimento,<br />
promovendo a interação entre os diversos elementos que compõem o espaço geográfico,<br />
através da utilização, da observação e análise direta da realidade, juntamente com os alunos<br />
(BRASIL, 1998).<br />
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