Teatro de Artur Azevedo - a casa do espiritismo
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MACHADINHO - Tu<strong>do</strong>.<br />

ARRUDA - Ora viva Deus!<br />

Canto<br />

Zás!<br />

Trás!<br />

Vou viajar.<br />

Trás!<br />

Zás!<br />

pelo ar!<br />

Que prazer<br />

eu vou ter!<br />

Zás, trás, zás!<br />

(Durante o canto entram Augusto e Silva)<br />

TODOS - Zás, trás!<br />

Que prazer<br />

Trás, zás!<br />

vamos ter!<br />

CENA IV<br />

MACHADINHO, LUÍS, ARRUDA e SILVA<br />

ARRUDA - Sejem bem apareci<strong>do</strong>! (Apertos <strong>de</strong> mão.)<br />

MACHADINHO - Então já?<br />

SILVA - Viemos <strong>de</strong> carro... Encontramos no caminho uma troça...<br />

MACHADINHO (Tossin<strong>do</strong>.) - Sim... sim... o Barão e a Baronesa... o Verne... (Sinais <strong>de</strong><br />

inteligência.) Estão se <strong>de</strong>moran<strong>do</strong>!<br />

AUGUSTO - O bon<strong>de</strong> estava <strong>de</strong>scarrilha<strong>do</strong>. (A Arruda.) Vimos <strong>de</strong>spedir-nos.<br />

SILVA - Vamos <strong>de</strong>ixá-los ao bota fora.<br />

LUÍS - Obriga<strong>do</strong>.<br />

AUGUSTO - Mas como está hoje o dia quente!<br />

MACHADINHO (A Arruda.) E isso é uma vantagem para a nossa viagem.<br />

ARRUDA - Tá bom, tá bom... Fiquin conversan<strong>do</strong>. Eu vou dá um giro. Quero vê estas parage.<br />

(Sai)<br />

CENA V<br />

MACHADINHO, LUÍS, AUGUSTO e SILVA<br />

TODOS (Menos Luís.) - Viva a pân<strong>de</strong>ga!<br />

MACHADINHO - Somos uns dana<strong>do</strong>s!<br />

AUGUSTO - Sabe que as meninas <strong>de</strong> Ubá mandaram-nos um "nós, abaixo assina<strong>do</strong>s", pedin<strong>do</strong><br />

para nos <strong>de</strong>morarmos mais alguns dias? Como era para a felicida<strong>de</strong> daquele povo, ficamos.<br />

SILVA - A Dona Rosinha man<strong>do</strong>u-te muitas lembranças. Falan<strong>do</strong> seriamente, aquela moça está<br />

extraordinariamente apaixonada por ti.<br />

MACHADINHO - Deixa-te <strong>de</strong> pilhérias.<br />

SILVA - É verda<strong>de</strong> ou não é. Luís?<br />

LUÍS - Pelo menos parece.<br />

MACHADINHO - O que parece é que vocês querem se divertir à minha custa!<br />

TODOS - Oh!<br />

AUGUSTO - Somos incapazes.<br />

MACHADINHO - Está bem, está bem! (Ouve-se rodar um bon<strong>de</strong>.) Aí chega o bon<strong>de</strong>. (Consultan<strong>do</strong><br />

o relógio.) Como vem atrasa<strong>do</strong>.<br />

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