Teatro de Artur Azevedo - a casa do espiritismo

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TEATRO DE ARTUR AZEVEDO VOLUME 1 Texto-base digitalizado por: Sérgio Luiz Simonato – Campinas/SP e-mail de contato: tiosergio@uol.com.br Fonte: Clássicos do Teatro Brasileiro - Volume 7 - Teatro de Artur Azevedo - Tomo I, editado pelo Instituto Nacional de Artes Cênicas TEATRO DE ARTUR AZEVEDO VOLUME 1 INSTITUTO NACIONAL DE ARTES CÊNICAS APRESENTAÇÃO Quando eu morrer, não deixarei o meu pobre nome ligado a nenhum livro, ninguém citará um verso, nem uma frase que me saísse do cérebro; mas com certeza hão de dizer: "Ele amava o teatro", e este epitáfio moral é bastante, creiam, para a minha bem-aventurança eterna. (Artur de Azevedo, com suas iniciais A.A., no folhetim semanal intitulado "O Theatro" em "A Notícia", vespertino do Rio de Janeiro, de 22 de setembro de 1898) Num bilhete conservado no arquivo da Academia Brasileira de Letras, dirigido a Machado de Assis, entre outras coisas, escreveu meu pai: ...estive enfermo, sem ânimo para pegar na pena senão para escrever (com que esforço!) essas frioleiras que me ajudam a viver. Tendo sempre presente este ensinamento de humildade, que também é síntese de autocrítica, leio e conservo o que escreveram a respeito do meu pai, como documentos humanos, grato aos que julgaram com simpatia e indulgência, indiferente aos que lhe foram adversos, em razão do absoluto desconhecimento do meio teatral de sua época, do avanço cultural do país, e, por conseqüência, da mentalidade das platéias de seu tempo, o que tudo redunda em incompreensões e injustiças de julgamento sobre o escritor. Julgamentos que revelam tais falhas nesses respeitáveis julgadores que me deixam absolutamente alheio ao que disseram, porque, para mim, mais do que sua obra, que representa parte do pão dos que dele dependeram, vale o admirável exemplar humano que ele foi. Aluísio Azevedo (Apresentação da obra escrita pelo filho de Artur Azevedo, que tem o mesmo nome do tio.) 2
PEÇAS DO VOLUME I TEATRO DE ARTUR AZEVEDO VOLUME 1 AMOR POR ANEXINS UMA VÉSPERA DE REIS A PELE DO LOBO A FILHA DE MARIA ANGU A CASADINHA DE FRESCO ABEL, HELENA O RIO DE JANEIRO EM 1877 NOVA VIAGEM À LUA A JÓIA OS NOIVOS O CALIFA DA RUA DO SABÃO A PRINCESA DOS CAJUEIROS O LIBERATO À PORTA DA BOTICA 3
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CENA XII BITU, só BITU (Ameaçando
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CENA XVI OS MESMOS, O ESCRIVÃO, SO
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II CENA II - Como um corcel bem ard
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E foi filada incontinente! Dói-me
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CLARINHA - Se o conhecesses? É um
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ESCRIVÃO - Vou procurá-lo. (Cumpr
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CENA IX OS MESMOS, SAMPAIO, O ESCRI
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CENA X OS MESMOS, BARNABÉ, depois
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Ah! meu Deus! Com certeza Temos mul
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GUILHERME - E o que foi fazer na Co
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da algibeira e lê.) "Senhor Sampai
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BARNABÉ - Decerto... SAMPAIO - Poi
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BARNABÉ - Je comprends ça, je com
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Há hoje festa do Espírito Santo.
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CHICA VALSA - Pois queres apertar..
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A CASADINHA DE FRESCO Imitação da
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ebei! bebei! É de virar! TODOS - O
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São simplesmente um alfaiate e uma
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chegou a dizer-me o Capitão-genera
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CARLOS (Voltando.) - De novo o cora
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MANUEL DE SOUZA - Sim... não! tenh
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CENA X BENTO, BEATRIZ, depois GERTR
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CENA XII BENTO (Aterrado.) - O Capi
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CARLOS (À parte.) - Estou em brasa
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MANUEL DE SOUZA (Recuando.) - Olha,
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CARLOS - Não faças ruído! Eu cá
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TEOBALDO e OFICIAIS - Capitão, nã
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CARLOS - Um alveitar, que prometeu-
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CARLOS - De noite como de dia! Para
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MANUEL DE SOUZA - Ah! GERTRUDES (So
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Em manuscrito está? CAPITÃO-GENER
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CARLOS - Pelo contrário! Hei de fa
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GABRIELA - Ninguém achar procure n
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Final TEOBALDO e RONDANTES - Alerta
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I GABRIELA - Dizia meu tataravô qu
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1º SOLDADO - Ó capitão, faça o
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CASTELO BRANCO - Fechada! A raparig
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CAPITÃO-GENERAL - Deixem-nos sós.
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CAPITÃO-GENERAL (À parte.) Hein?
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GABRIELA - Pois preferias ficar na
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CARLOS - Sim. sim! Não é possíve
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Abel e Helena Peça cômica e líri
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EUSTÁQUIO - Vossa Reverendíssima
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Cena VII Cascais, Pedrinho, Benjami
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Cena X Abel e Cascais ABEL - Veja c
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e o advérbio interjeição!... Ola
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HELENA (Vai saindo e volta.) - Olha
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JUCA SÁ - Nada! PANTALEÃO - E, ca
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NICOLAU - Que adivinhação? ALFERE
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milhões de alaridos a nossos ouvid
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MARCOLINA - Mas o que quer? HELENA
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ABEL - Para... Faze-te agora de esq
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HELENA - Empresto. (Dando-lhe uma n
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- Quem foi? quem foi que fez? PANTA
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HELENA (No mesmo.) - Por que não
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ABEL - Amanhã... Deixa portanto, H
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devagarinho não entra em casa um s
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não quer dar-lha por mulher! TODOS
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ALFERES ANDRADE - Bem pensado. E o
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CASCAIS - O que quer que lhe faça?
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1877! NICOLAU - Então, por quê? C
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PANTALEÃO e CASCAIS NICOLAU - Se v
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CASCAIS (A Abel.) - Muito bom, home
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O RIO DE JANEIRO EM 1877 A revista
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para que lhe aprove o filho plename
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nasci lá nos desertos africanos, n
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senhores pensar que faço parte da
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ZÉ - Já eu tenho ouvido falar nis
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costas e marcho para Goiás, que é
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1º DIRETOR - Para comer mais barat
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ZÉ - Partir? OPINIÃO - Pois, por
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PROFESSOR - Senhor, nós é os pobr
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(Mutação.) QUADRO VI Sobe o pano
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SANTINHA - É como lhe digo... A se
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URBANO - O diabo é que o perdi de
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Pintor se eu fora de gentil pincel,
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BOATO - Está preso, já disse... D
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Cena XXII Os mesmos e Filipe FILIPE
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Cena XXV República e os mesmos REP
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Cena XXX Entram Política, Boato e
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ZÉ - Mas o que tem esta gente? OPI
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tudo isso, o primeiro cômico nacio
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ARTE - Zé Povinho, vou-te mostrar
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CANAL - Eu! Estou aterrado! FEBRE -
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MACHADINHO - Sim, senhor! Aqui é q
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Coro Ou por bem, ou por mal. por qu
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Glória alcançamos, que vale mais!
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Polca cantada (2) Polca I Ser minha
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lá no Seminário...( eu já fui fr
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que estamos já civilizadas! AS MO
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para começar... o Hino Nacional. U
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Aí, sim, Senhor! Trá lá lá! Tr
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MACHADINHO - Hás de ver. Hei de de
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CENA VI MACHADINHO, LUÍS, AUGUSTO,
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ali! Tíbio! Eu pensei que era outr
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MACHADINHO -... o terdes honrado es
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Ai, que calor abrasador! Escaldo! I
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MACHADINHO - Toca para a sala de ja
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Mas um consolo tenho eu (Pobre de m
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CENA VII MACHADINHO, DOUTOR CÁBULA
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DOUTOR CÁBULA (Saindo da sacada e
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A JÓIA DRAMA EM TRÊS ATOS Em vers
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- Pois queres mais dinheiro?! És e
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O JOALHEIRO - 'Stou a vendê-los di
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CARVALHO - Coitadinha! VALENTINA (S
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que só me tens, que não vives par
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(Valentina acaba de guardar o dinhe
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- Ai! o que é isto? O que é? Não
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sãos seis contos de réis. Se não
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CARVALHO (À parte.) - Está tão z
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VALENTINA - Que tal? CARVALHO - Um
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sequer, por esta a quem hoje o dinh
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Quem lhe dera que valesse tanto qua
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CENA VIII O JOALHEIRO, CARVALHO CAR
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que sou bom pai: aqui está! Na cas
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vi-lhe o retrato: é bonita Ele fic
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desses boatos que ofensas me parece
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é bom que os julgues distantes pel
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tipo que deve ter coisa de cem cont
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fez um negócio da china! Por um pr
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[CAI O PANO] SOUSA (Ao público.) -
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Ave Maria, cheia de luz! Ave Maria,
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anzol ao filho! é um bonito rapaz
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O TENENTE-CORONEL - Nada: do batiza
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O TENENTE-CORONEL - Estimo conhecê
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Que sempre apanho Meus pescoções!
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RAIMUNDO (Modestamente.) - É a pri
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FRANCELINA (À parte.) - Frederico
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O TENENTE-CORONEL - Oh! meu rico se
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RAIMUNDO - Is... Is... isso o quê?
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Sem mais tardar! RAIMUNDO - Vou lhe
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O VIGÁRIO (Agarrando o violão com
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O TENENTE-CORONEL - Vossa Reverend
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De catrâmbias vai: Fala assim'um f
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Eu tremo... tremo, Soluço e choro,
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II CENA XI LEONOR, FRANCELINA, O DO
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CLORINDO (no mesmo.) - Senhor Tenen
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DONA MARIA (Passando à esquerda.)
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O CALIFA DA RUA DO SABÃO Inverossi
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CUSTÓDIO - Transparentes? NATIVIDA
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II Ó Zetublé, Ó Zetublé, Ó Zé
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NATIVIDADE - Ela disse: isto é dem
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SIMPLÍCIA e ALFERES CUSTÓDIO e NA
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E assim diziam, Já não faziam (Bi
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ALFERES - Valha-me Deus! (Cai senta
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(Música na orquestra. Dona Simplí
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CENA I Cortesãos, depois o DOUTOR
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EL-REI - Foi uma caçada real! O DO
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fiar? O DOUTOR - Fizeste bem. Toma,
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VIRGÍNIA - Ao cabo de três meses,
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Juntos Escute o programa Que lhe tr
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O DOUTOR - Prefiro morrer de velhic
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O DOUTOR, VIRGÍNIA, a enfermeira E
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CENA XV NHECO, fidalgos, fidalgas,
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Pesar de arriscado, Viver a pescar!
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MARCOS - Nasceu para fidalgo... TER
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II Lançado no coração PETRONILHA
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CENA VIII Quem sou, donde vim. PAUL
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Melhor senhora com certeza Não há
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BARÃO - Sua Excelência quis admir
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BARÃO - Perdida! TODOS - Perdida!
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II III NHECO (Com mistério.) - Cas
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1º MINISTRO - Com mil bombardas! N
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Tango Não é crime crime tal! Um n
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PAULO - Foi uma fatalidade, foi; ma
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EL-REI - Meu filho... BARÃO - Voss
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Tens, e tão boa, Meu bem, perdoa D
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O LIBERATO Comédia Oferecida ao Ex
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MOREIRA - Patriotismo é isto (Bate
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ROSINHA - Está doente. RAMIRO - Va
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MOREIRA - E então! Estamos na Asse
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MOREIRA (Sorrindo.) - Mesmos nos di
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Pastilhas de mel d'angica Cataplasm
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Não tenho também amores Com a Sen
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[Cai o pano] Ciente... (Tirando dez
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