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Teatro de Artur Azevedo - a casa do espiritismo

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CENA IX<br />

OS MESMOS, BENTO, BEATRIZ, <strong>de</strong>pois CASTELO BRANCO, GABRIELA e o MUDO<br />

BEATRIZ (Entran<strong>do</strong> com Bento, a Manuel <strong>de</strong> Souza.) - Está pronto o cavalo.<br />

CARLOS - Deixe-o estar. Não é preciso por ora.<br />

BEATRIZ - Sim, senhor.<br />

BENTO (Examinan<strong>do</strong> a Manuel <strong>de</strong> Souza.) - É outro que tal! Decididamente isto não é uma<br />

estalagem; é um valhacouto <strong>de</strong> conjura<strong>do</strong>s...<br />

BEATRIZ - Estamos bem avia<strong>do</strong>s, titio. (Saem.)<br />

CARLOS - Agora, mãos à obra! (In<strong>do</strong> à porta <strong>de</strong> Castelo Branco.) Olá Senhor Morga<strong>do</strong> <strong>de</strong> São<br />

Gabriel! Gabriela!<br />

CASTELO BRANCO (Entran<strong>do</strong> com a filha.) - Po<strong>de</strong>mos ir?<br />

CARLOS - Sim, senhor. (Apresentan<strong>do</strong> Manuel <strong>de</strong> Souza.) Meu padrinho, o Senhor Manuel <strong>de</strong><br />

Souza, a quem salvei a vida. (Cumprimentos.)<br />

MANUEL DE SOUZA - Estou com muita pressa. Vamos ligeiro, hein?<br />

CARLOS - A <strong>de</strong>mora não há <strong>de</strong> ser por mim. Vou buscar o mu<strong>do</strong>. (Chaman<strong>do</strong> para <strong>de</strong>ntro.) Oh!<br />

Senhor Mu<strong>do</strong>... Psiu! Venha cá! (Entra o Mu<strong>do</strong> e cumprimenta a to<strong>do</strong>s.)<br />

MANUEL DE SOUZA - Então você é mu<strong>do</strong>? (O Mu<strong>do</strong> faz sinal afirmativo.) Não po<strong>de</strong> dizer com a<br />

boca? É preciso estar a ... (Arremedan<strong>do</strong> o Mu<strong>do</strong>, ri-se bestialmente - a Carlos.) Saiu-te ao pintar, hein?<br />

CARLOS - E baratinho... Vinte cruza<strong>do</strong>s só... Mas vamos, vamos embora!<br />

TODOS - Vamos embora!<br />

Quinteto<br />

CARLOS - É já safar,<br />

sem mais tardar<br />

sem haver <strong>de</strong>mora!<br />

GABRIELA - Com precaução,<br />

com prontidão!<br />

vamo-nos embora!<br />

TODOS É já safar, etc.<br />

MANUEL DE SOUZA - É já partir com to<strong>do</strong> o afã!<br />

O MUDO - An, an, an, an!<br />

CARLOS - Cautelosos<br />

pressurosos<br />

convém sairmos daqui!<br />

MANUEL DE SOUZA - Tempo é <strong>de</strong> andar daí!<br />

O MUDO - Hi, hi, hi, hi!<br />

GABRIELA - Com prudência,<br />

com cadência,<br />

partamos sem tardar!<br />

TODOS - Sem <strong>de</strong>morar!<br />

Já, já, já, já!<br />

O MUDO - Ah! Ah! Ah! Ah!<br />

(Saem to<strong>do</strong>s. O Mu<strong>do</strong> fica só em cena continuan<strong>do</strong> mentalmente o motivo da saída. Ven<strong>do</strong> que<br />

está só.)<br />

O MUDO (Confi<strong>de</strong>ncialmente.) - Eu sou mu<strong>do</strong> <strong>de</strong> profissão; mas se isto só me ren<strong>de</strong>r o ajuste,<br />

mu<strong>do</strong> <strong>de</strong> profissão! (Sai a correr.)<br />

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