14.05.2013 Views

Teatro de Artur Azevedo - a casa do espiritismo

Teatro de Artur Azevedo - a casa do espiritismo

Teatro de Artur Azevedo - a casa do espiritismo

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

<strong>de</strong>u-me na quarta... - Escrevamos -<br />

oitocentos <strong>de</strong> uma feita...<br />

(Escreven<strong>do</strong>.) "Oitocentos". (Pensa.) O Pimenta<br />

aquele broche me <strong>de</strong>u<br />

que há três dia me ren<strong>de</strong>u<br />

trezentos e cinqüenta...<br />

Entregou-me o <strong>de</strong>puta<strong>do</strong><br />

to<strong>do</strong> o subsídio. Que bolo!...<br />

É justo: um fútil, um tolo,<br />

que só diz "muito apoia<strong>do</strong>"<br />

e ganha um conto e quinhentos. (Escreve.)<br />

Deu-me no dia seguinte<br />

Mais quatro notas <strong>de</strong> vinte...<br />

O Sá tem da<strong>do</strong> trezentos...<br />

O fazen<strong>de</strong>iro... (Batem à porta.) Quem é?<br />

Já lá vou!<br />

(Guardan<strong>do</strong> o dinheiro que estava espalha<strong>do</strong>.)<br />

Deve estar certo...<br />

Levo isto ao Banco, que é perto,<br />

daqui a pouco. (Batem <strong>de</strong> novo.) Olé! Olé!<br />

Com que pressa está!<br />

O JOALHEIRO (Fora.) - Estou!<br />

Não se acha em <strong>casa</strong> a senhora?<br />

VALENTINA - Se quer, espere!<br />

O JOALHEIRO (Fora.) - A <strong>de</strong>mora<br />

é pequenina.<br />

VALENTINA - Lá vou.<br />

(Vai abrir a porta: entra o joalheiro com uma caixa <strong>de</strong> jóias na mão.)<br />

CENA V<br />

VALENTINA, O JOALHEIRO<br />

VALENTINA - Ah! é o senhor!<br />

O JOALHEIRO (Abrin<strong>do</strong> a caixa, <strong>de</strong>ixa ver um formoso par <strong>de</strong> bichas <strong>de</strong> brilhantes.)<br />

- Ora veja!<br />

VALENTINA - Vem aqui tentar-me, aposto!<br />

O JOALHEIRO - Não tentei nunca, nem gosto<br />

<strong>de</strong> tentar quem quer que seja.<br />

(Entregan<strong>do</strong> a jóia a Valentina que a examina.)<br />

Venho mostrar-lhes uns brilhantes<br />

como os Farâni não os tem;<br />

Se os quer comprar, muito bem!<br />

Se os não quer, passo adiante.<br />

Não tento... não sei tentar...<br />

Apenas lhos ofereço...<br />

Nem sequer os encareço...<br />

Isto é pegar, ou largar!<br />

Veja bem que são granditos!<br />

Sem jaça... veja... sem jaça...<br />

Examine... veja... faça<br />

O que quiser.<br />

VALENTINA - São bonitos!<br />

257

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!