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DA INFLUENCIA DO CONHECIMENTO ORTOGRÁFICO SOBRE O ...

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Hong-Yin e Bao-Qing (1986), Kolinsky, Cary e Morais (1987), Morais, Alegria e<br />

Content (1987), Bertelson, De Gelder, Tfouni e Morais (1989), Adrian, Alegria e<br />

Morais (1995), Morais, Kolinsky e Nakamura (1996), Scliar-Cabral, Morais,<br />

Nepomuceno e Kolinsky (1997), Morais, Kolinsky, Alegria e Scliar-Cabral (1998),<br />

Nakamura, Kolinsky, Spagnoletti e Morais (1998), Li, Anderson, Nagy e Zhang (2002),<br />

K. F. Miller (2002) e Taylor (2002) que demonstram que a capacidade de manipular<br />

explicitamente materiais fonéticos com base no critério fonema, p. ex., é exclusiva de<br />

sujeitos com conhecimento de um sistema alfabético de escrita. Se, num primeiro<br />

momento, estes efeitos experimentais parecem restringir o seu alcance a capacidades de<br />

manipulação externamente observáveis como as referidas, a um nível de reflexão mais<br />

aprofundada poderemos porventura aceitá-los como indícios de que o próprio<br />

conhecimento fonológico dos sujeitos possa apresentar diferenças substanciais quanto à<br />

sua constituição interna atribuíveis a um eventual papel desempenhado pelo<br />

conhecimento ortográfico - capaz, no dizer de Pinto (1998:181-182), de se impor como<br />

um verdadeiro filtro na relação dos falantes reais com a sua própria língua.<br />

Inscrevendo-se a nossa pesquisa no domínio disciplinar da linguística, a<br />

aceitação de que o conhecimento ortográfico pode moldar aspectos fulcrais do<br />

conhecimento fonológico - concebido como uma parte integrante do conhecimento da<br />

língua interiorizado pelos falantes - poderia conduzir-nos a um questionamento do<br />

possível âmbito de tal influência do conhecimento ortográfico e, consequentemente, à<br />

problematização de dois pressupostos essenciais da teoria linguística, gerados no<br />

interior de duas correntes de pensamento alternativas e divergentes:<br />

4<br />

(1) o pressuposto de que as estruturas linguísticas (mais concretamente, as<br />

estruturas fonológicas) são completamente independentes da sua<br />

representação gráfica, conforme especialmente vincado pelos autores da

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