Dia mundial da ciência pela paz e pelo ... - unesdoc - Unesco
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não consegue alcançar – creio que por motivos mais <strong>da</strong> política dita pública<br />
de ensino do que <strong>pela</strong> capaci<strong>da</strong>de dos docentes – o lado nobre <strong>da</strong>s <strong>ciência</strong>s.<br />
Por que não fazer uma inversão pe<strong>da</strong>gógica? Poderíamos perguntar às<br />
crianças o porquê de as diferentes formas de vi<strong>da</strong> terem mecanismos de<br />
sobrevivência similares.<br />
Uma educação científica instrumental (com laboratório, informática para<br />
realizar simulações etc.) sem abandonar as premissas básicas <strong>da</strong> descoberta<br />
<strong>da</strong>s coisas do mundo. A razão instrumental é necessária, mas não substitui a<br />
imaginação, a observação pensa<strong>da</strong>, curiosa, as hipóteses. Os livros didáticos<br />
talvez devessem <strong>da</strong>r lugar a livros de divulgação científica de cientistas. Além<br />
disso, no processo educativo é preciso levar as escolas e suas crianças e jovens<br />
a contribuir com a ci<strong>da</strong>de e a população, tirando o caráter de educação para<br />
o mercado, como apregoam os governantes atuais.<br />
DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL, COMERCIAL E DE SERVIÇOS<br />
O desenvolvimento econômico é vital para os países mais pobres, mas o<br />
caminho a seguir não pode ser o mesmo adotado <strong>pelo</strong>s países industrializados.<br />
Mesmo porque não seria possível. Caso as socie<strong>da</strong>des do hemisfério sul<br />
copiassem os padrões <strong>da</strong>s socie<strong>da</strong>des do norte, a quanti<strong>da</strong>de de combustíveis<br />
fósseis consumi<strong>da</strong> atualmente aumentaria 10 vezes e a de recursos minerais,<br />
200 vezes. Em vez de aumentar os níveis de consumo dos países em desenvolvimento,<br />
é preciso reduzir os níveis observados nos países industrializados.<br />
Os crescimentos econômico e populacional <strong>da</strong>s últimas déca<strong>da</strong>s têm<br />
sido marcados por dispari<strong>da</strong>des. Embora os países do hemisfério norte possuam<br />
apenas um quinto <strong>da</strong> população do planeta, eles detêm quatro quintos<br />
dos rendimentos mundiais e consomem 70% <strong>da</strong> energia, 75% dos metais e<br />
85% <strong>da</strong> produção de madeira <strong>mundial</strong>.<br />
A França garante quase 80% de sua energia graças a reatores atômicos.<br />
No Brasil, a opção atômica estacionou nas usinas de Angra 1 e Angra 2, e<br />
agora com a construção <strong>da</strong> Angra 3. As duas juntas fornecem menos de 4%<br />
<strong>da</strong> energia que o país consome. Com o desenvolvimento de reatores que reaproveitam<br />
o lixo tóxico, a promessa nuclear conquistou os ambientalistas.<br />
A China fez sua opção <strong>pela</strong> hidreletrici<strong>da</strong>de e <strong>pela</strong> energia nuclear, para<br />
tentar reduzir a dependência de combustíveis fósseis (petróleo, gás e carvão).<br />
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