14.06.2013 Views

Dia mundial da ciência pela paz e pelo ... - unesdoc - Unesco

Dia mundial da ciência pela paz e pelo ... - unesdoc - Unesco

Dia mundial da ciência pela paz e pelo ... - unesdoc - Unesco

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

AMBIENTALISMO<br />

Pouco se fala <strong>da</strong> abor<strong>da</strong>gem <strong>da</strong>s <strong>ciência</strong>s humanas a respeito dos impactos<br />

do homem sobre a natureza. Em geral, este assunto é discutido, nas escolas e<br />

mesmo nos meios de comunicação, <strong>pelo</strong> ponto de vista <strong>da</strong> biologia.<br />

Entretanto, devemos considerar que<br />

é contraproducente abor<strong>da</strong>r os problemas de um ponto de vista fragmentado,<br />

reducionista e unidimensional. O enfoque alternativo de uma abor<strong>da</strong>gem<br />

sistêmica multi e interdisciplinar abre novas perspectivas para a<br />

compreensão dos processos complexos e de seus fatores determinantes, com<br />

profun<strong>da</strong>s repercussões na teoria e na prática <strong>da</strong> ação social transformadora<br />

(ABRIL, 2001).<br />

Disciplinas como história, sociologia e filosofia têm muito a oferecer.<br />

Aqui, trabalharemos seguindo a linha teórica dos filósofos alemães <strong>da</strong> Escola<br />

de Frankfurt, tais como Horkheimer, Adorno, Marcuse, Benjamin e outros.<br />

Sua crítica será de ordem metafísica, pois<br />

é na constituição do conceito de Razão, é no exercício de uma determina<strong>da</strong><br />

figura, ou modo de racionali<strong>da</strong>de, que esses filósofos alojam a origem do<br />

irracional. Em nome de uma racionali<strong>da</strong>de crescente, os processos sociais são<br />

dominados <strong>pela</strong> ótica <strong>da</strong> racionali<strong>da</strong>de científica, característica <strong>da</strong> filosofia<br />

positivista. Nessa perspectiva, a reali<strong>da</strong>de social, dinâmica, complexa, cambiante,<br />

é submeti<strong>da</strong> a um método que se pretende universalizador e unitário,<br />

o método científico. O positivismo, prisioneiro de seus próprios métodos,<br />

impõe um procedimento não-social às <strong>ciência</strong>s sociais (MATOS, 1995, p. 32).<br />

Formulam a Teoria Crítica <strong>da</strong> Socie<strong>da</strong>de, pois se opõem à Teoria<br />

Tradicional, ou seja,<br />

todo o pensamento <strong>da</strong> identi<strong>da</strong>de, <strong>da</strong> não-contradição, que se esforça em<br />

reconduzir a alteri<strong>da</strong>de, a diversi<strong>da</strong>de, a plurali<strong>da</strong>de, tudo o que é outro em<br />

relação a ela, à dimensão do mesmo, como faz a <strong>ciência</strong> cartesiana (MATOS,<br />

1995, p. 20).<br />

A Teoria Tradicional precisa transformar a natureza em uma enti<strong>da</strong>de<br />

semelhante ao sujeito que irá conhecê-la, destruindo, com isso, o caráter<br />

qualitativo e plural do natural. A natureza é encara<strong>da</strong> como exteriori<strong>da</strong>de<br />

bruta, abstrata, formaliza<strong>da</strong>, sem quali<strong>da</strong>des, possibilitando ao sujeito do<br />

conhecimento conhecê-la e controlá-la, através <strong>da</strong> redução do campo <strong>da</strong><br />

94

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!