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INTRODUÇÃO
O que é epistemologia
Para realizarmos uma crítica à epistemologia vigente, parece fundamental,
em primeiro lugar, definir o termo.
Segundo o MiniAurélio da língua Portuguesa, Epistemologia é o
estudo crítico dos princípios, hipóteses e resultados das ciências já constituídas;
teoria das ciências (p. 275).
Já para Aranha e Martins (1996), a epistemologia é o
estudo do conhecimento científico do ponto de vista crítico, isto é, do seu
valor; crítica da ciência (p. 379).
Em Chauí (2006), ela é encarada como a
análise crítica das ciências, tanto as ciências exatas ou matemáticas quanto as
naturais e as humanas; avaliação dos métodos e resultados das ciências; compatibilidades
e incompatibilidades entre as ciências; formas de relação entre as
ciências, etc. (p. 58).
Ou seja, a epistemologia é a crítica do fazer científico. Sendo a ciência
uma modalidade do saber humano, o trabalho epistemológico pode configurar-se,
também, como crítica da nossa capacidade e possibilidade de
conhecer. Enquanto conhecimento e forma de conhecer, a ciência possibilita,
a quem se dedica a seu estudo, uma crítica da teoria do conhecimento,
Ou o estudo das diferentes modalidades do conhecimento humano: o
conhecimento sensorial ou a sensação e a percepção; a memória e a imaginação;
o conhecimento intelectual; a idéia de verdade e de falsidade; formas
de conhecer o espaço e o tempo; formas de conhecer relações (CHAUÍ, 2006, p. 59).
Em sua raiz etmológica, o termo é formado por duas palavras de origem
grega: episteme (ciência) e logos (conhecimento). Em suma, epistemologia é
um conhecimento sobre um conhecimento.
Ao nosso ver, tanto o fazer científico vigente quanto a epistemologia
vigente apresentam corpos teóricos e weltanchauungs que “não se aplicaria[m]
a alguns fenômenos-chave contemporâneos, bem como os projetos a
eles relevantes” (FERNANDEZ, 2008, p.38), como demonstraremos mais a
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