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1356 - Bernard Cornwell

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— Se ao menos for o Mosteiro de São Juniano. — À medida que<br />

chegava mais perto, Thomas pôde ver que o enorme portão do mosteiro<br />

estava aberto. Supôs que só seria fechado quando o sol finalmente<br />

desaparecesse no oeste. — Ele está enterrado aí, não é?<br />

— Seus restos terrenos estão aí, sim.<br />

— Então talvez la Malice também esteja.<br />

— E talvez devêssemos deixá-la aí — disse Sire Roland.<br />

— Eu deixaria, se não acreditasse que Bessières está procurando<br />

por ela, e que, se encontrá-la, irá usá-la, não para a glória de Deus, mas<br />

para a dele.<br />

— E você irá usá-la?<br />

— Eu lhe disse — respondeu Thomas peremptoriamente. — Vou<br />

perdê-la. — Em seguida se virou na sela. — Luc! Gastar! Arnaldus! Comigo.<br />

O resto fique no povoado! E paguem pelas vitualhas! — Ele havia escolhido<br />

gascões para ficar com ele, de modo que os monges não suspeitassem de<br />

sua aliança com a Inglaterra.<br />

Robbie, Keane e Sire Roland também ficaram com Thomas, e<br />

Genevieve e Bertille insistiram em acompanhá-lo. Hugh foi posto aos<br />

cuidados de Sam e dos outros arqueiros.<br />

— Por que não levar os arqueiros? — perguntou Genevieve.<br />

— Só vou fazer umas perguntas ao abade — disse Thomas. — Não<br />

quero amedrontar o sujeito. Nós entramos, perguntamos e vamos embora.<br />

— Foi o que você disse em Montpellier — observou Genevieve,<br />

irritada.<br />

— Esses são monges, apenas monges. Vamos interrogá-los e<br />

partiremos de novo.<br />

— Com la Malice? — perguntou Genevieve.<br />

— Não sei. Nem sei se la Malice existe.<br />

Ele apressou o passo para chegar ao portão antes que o sol<br />

desaparecesse atrás do horizonte a oeste. Seguiu a meio galope por um<br />

pasto onde um rebanho de cabras era vigiado por um menino pequeno e um<br />

cachorro grande, que observaram os cavaleiros passarem em silêncio. Uma<br />

boa ponte de pedra atravessava o rio do outro lado do pasto, e na área<br />

oposta à ponte a estrada se bifurcava. Thomas viu que o mosteiro era<br />

cercado em parte por um canal do rio que fora desviado para fazer uma<br />

espécie de fosso largo, talvez para que os monges pudessem criar peixes.<br />

Também podia ver duas figuras de hábito andando na direção do portão<br />

aberto, e esporeou o cavalo de novo. Os dois monges o viram chegando e<br />

esperaram.<br />

— Vocês estão aqui por causa dos peregrinos? — gritou um deles,<br />

cumprimentando.<br />

Thomas abriu a boca para perguntar o que o sujeito queria dizer,<br />

depois decidiu responder afirmativamente.<br />

— Estamos — respondeu.<br />

— Eles chegaram há uma hora. Vão ficar felizes com a proteção,<br />

acham que os ingleses estão perto.

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