Comissão Especial sobre a pesquisa das Células-Tronco
Comissão Especial sobre a pesquisa das Células-Tronco
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Qual é a proporção de utilização desse material? Qual é o custo disso para<br />
as famílias?<br />
Em segundo lugar, será que as células vão ficar disponíveis durante 20<br />
anos? Quando o doador, aquela criança que nasceu e doou a placenta,<br />
quiser usá-las mais tarde, será que essas células estarão vivas?<br />
Essas são as dúvi<strong>das</strong> que expomos em relação aos bancos privados, que<br />
entraram fortemente no Brasil, pois há propaganda até em Caxias do Sul de<br />
banco de cordão umbilical. Só que não dizem o nome do diretor, nem do<br />
médico responsável, apenas dão números de telefones para se entrar em<br />
contato com o banco.<br />
Sei que existem intenções de pessoas, dentro do Brasil, de criarem<br />
bancos paralelos privados no mesmo sistema que queremos seguir, igual ao<br />
do público, para a comercialização. Nesse caso, se alguém precisar de um<br />
transplante de medula óssea, não tendo depositado sua placenta no banco,<br />
ele irá comprar o material.<br />
Isso existe em termos de comércio internacional, e custa 25 mil dólares<br />
para se conseguir fazer uma <strong>pesquisa</strong> a fim de encontrar um doador. Isso é o<br />
que Inca aparentemente paga para o exterior. Existem bancos públicos<br />
enormes, na Inglaterra, nos Estados Unidos, com centenas e milhares de<br />
pessoas já ca<strong>das</strong>tra<strong>das</strong> com o seu código HLA.<br />
Penso que no Brasil devemos investir em bancos públicos, pois já<br />
existem muitos laboratórios prontos para isso.<br />
No ano passado, me telefonaram de São Paulo para saber se poderíamos<br />
tipar o HLA para um banco privado. Mas se não possuem nem laboratório,<br />
como querem ter um banco?<br />
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