Comissão Especial sobre a pesquisa das Células-Tronco
Comissão Especial sobre a pesquisa das Células-Tronco
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Considerada uma <strong>das</strong> maiores especialistas do Estado, Elizabeth Cirne Lima<br />
salientou que é preciso cautela <strong>sobre</strong> a utilização <strong>das</strong> células-tronco na<br />
recuperação de seres humanos, em curto prazo. "Sabemos ainda muito<br />
pouco <strong>sobre</strong> aspectos fundamentais desta matéria", disse ela. Destacou a<br />
diferença entre células-tronco adultas e as embrionárias, alvo <strong>das</strong> polêmicas<br />
éticas que envolvem os cientistas e os religiosos, pois envolvem manipulação<br />
de embriões.<br />
"As células embrionárias, como o nome diz, são obti<strong>das</strong> de embriões<br />
humanos, podem se multiplicar in vitro e têm capacidade de dar origem a<br />
todos os tipos de células, mas nunca a um novo indivíduo completo",<br />
explicou, destacando que os <strong>pesquisa</strong>dores ainda não têm domínio completo<br />
<strong>sobre</strong> cada etapa da diversificação celular. As células-tronco adultas são<br />
obti<strong>das</strong> de diversos tecidos de seres humanos formados, especialmente da<br />
medula óssea, do sangue do cordão umbilical, do sangue periférico e da<br />
placenta.<br />
A curto prazo, a <strong>pesquisa</strong>dora revelou-se mais otimista <strong>sobre</strong> o uso<br />
terapêutico de células adultas. Ainda assim, justificou as <strong>pesquisa</strong>s de<br />
células-tronco embionárias, argumentando que as adultas têm algumas<br />
limitações. "Não conhecemos ainda o sistema de multiplicação <strong>das</strong> células<br />
adultas in vitro, portanto elas têm de ser imediatamente transplanta<strong>das</strong><br />
para o paciente", explicou. "Além disso, elas podem dar origem a um número<br />
ainda bem reduzido de tipos de novas células adultas".<br />
Elizabeth relatou os projetos que sua equipe vem desenvolvendo em animais,<br />
destacando a regeneração do músculo cardíaco após infarto agudo e crônico,<br />
a recuperação do fígado em casos de falência hepática e o desenvolvimento<br />
de células pancreáticas para a produção de insulina. Destacou que to<strong>das</strong><br />
elas são rigorosamente examina<strong>das</strong> pela comissão de ética do Ministério da<br />
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