Comissão Especial sobre a pesquisa das Células-Tronco
Comissão Especial sobre a pesquisa das Células-Tronco
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Como as células-tronco têm demonstrado experimentalmente que<br />
melhoram a função cardíaca em situações terminais, estão sendo testa<strong>das</strong><br />
em humanos nessas situações em que não há mais outros meios de<br />
tratamento.<br />
Há cerca de um ano e meio, o Ministério da Saúde propôs um protocolo<br />
de estudo multicêntrico no Brasil, envolvendo 1.200 pacientes com quatro<br />
doenças principais do coração. São elas: a miocardiopatia dilatada, doença<br />
do músculo do coração que não contrai bem; a doença de chagas, causada<br />
por um parasita que ocasiona a miocardiopatia; a doença isquêmica crônica,<br />
que é originada pela seqüência de múltiplos enfartos, e o próprio enfarto<br />
agudo do miocárdio. Nesses quatro grupos vai ser investigada a utilidade <strong>das</strong><br />
células-tronco.<br />
Esse estudo, que tem como objetivo descobrir um novo método<br />
extremamente barato, de baixo custo, que poderá substituir alguns dos<br />
métodos convencionais com vantagens fisiológicas e de aplicação, está em<br />
andamento no Ministério da Saúde, desde 2004, e deve demorar cerca de<br />
dois anos ainda para ter resultados apresentáveis. Estão sendo estudados<br />
300 casos de cada uma dessas patologias.<br />
Enquanto isso, existem grupos que estão investigando as cardiopatias<br />
em projetos isolados, com cerca de 10, 20 e 30 pacientes, avaliando os<br />
resultados nessas pequenas séries.<br />
Há um trabalho que foi muito divulgado, não só no meio médico mas<br />
também na mídia, realizado no Rio de Janeiro, no Hospital Pró-cardíaco em<br />
colaboração com o Instituto do Coração do Texas. Foram estudados<br />
pacientes com doença isquêmica crônica do coração. Compararam-se 14<br />
pacientes tratados com sete pacientes-controle e foi observada uma melhora<br />
da função cardíaca muito significativa nos 14 pacientes.<br />
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