Comissão Especial sobre a pesquisa das Células-Tronco
Comissão Especial sobre a pesquisa das Células-Tronco
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é um gameta feminino e seu núcleo foi retirado. Pegamos o gameta feminino,<br />
tiramos o núcleo, que é a informação genética dessa mulher e colocamos o<br />
núcleo que contém a informação genética do paciente.<br />
Essa célula, que agora é uma quimera, uma mistura do material<br />
genético do homem com a célula enucleada da mulher, em condições<br />
adequa<strong>das</strong> de cultura, multiplica-se como se fosse um embrião, fazendo<br />
multiplicações duplas até gerar o blastocisto, uma estrutura de camada<br />
única que, numa <strong>das</strong> extremidades ou numa porção, tem a concentração de<br />
células de massa interna, de onde se podem retirar essas células.<br />
Dessa forma, temos uma cultura de célula-tronco embrionária<br />
idêntica, com material genético idêntico ao do homem doador do núcleo.<br />
Uma vez em cultura, podemos fazer com que essa célula-tronco embrionária<br />
se transforme em diferentes tipos celulares ou na que o paciente necessita<br />
para o transplante, e assim se produz in vitro células idênticas sem o risco<br />
de rejeição.<br />
Essa é uma promessa superinteressante e excitante. Ficamos<br />
sonhando com o dia em que teremos nos hospitais salas como a de um<br />
supermercado com potes de órgãos de células pré-produzidos, compatíveis<br />
com diferentes indivíduos. O paciente entra, colhe uma amostra, vai para a<br />
sala ao lado, produz um fígado ou coração novo, volta com o carrinho de<br />
supermercado e entrega para o médico fazer o transplante. Esse é um sonho<br />
delirante, mas plausível, se pensarmos na evolução científica.<br />
O grande complicador pode existir em relação a esse futuro é o<br />
conhecimento ser barrado. Fingir que não sabemos, não é possível; proibir<br />
que se manipule ou se trabalhe em prol da ciência é um grande erro.<br />
Precisamos, sim, discutir muito, conversar para formar opinião e para<br />
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