Comissão Especial sobre a pesquisa das Células-Tronco
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Dr. Maurício Friedrich<br />
Bom-dia a todos. Antes de qualquer coisa, gostaria de esclarecer que o<br />
acidente vascular cerebral (AVC) é a maior causa de morte no Brasil hoje.<br />
Temos aproximadamente 18 a 20 mil casos de AVC por ano no Rio Grande<br />
do Sul de modo que é uma doença de alto impacto.<br />
Gostaria de lembrar também que a cada 100 pessoas acometi<strong>das</strong> por<br />
AVC, 40 delas jamais voltam a ter uma vida independente e 20 delas ao final<br />
de um ano estão mortas. Ou seja, é uma doença de alto impacto<br />
epidemiológico com uma mortalidade alta e um percentual de incapacidade<br />
significativa.<br />
Iniciamos esse trabalho em março de 2005 e escolhemos o acidente<br />
vascular cerebral isquêmico grave, porque são pacientes que ficam<br />
incapacitados, não têm nenhuma perspectiva de recuperação neurológica e<br />
há a perda total da expectativa de uma qualidade melhor de vida.<br />
Nós nos preocupamos de tratar inicialmente casos de AVCs químicos<br />
severos. Nada pode ser pior, é um quadro catastrófico, a mortalidade pode<br />
chegar a 80% em três meses. Aproximadamente 75% dos pacientes ficam<br />
com graves seqüelas neurológicas.<br />
Quando uma área cerebral que estava recebendo irrigação é<br />
comprometida e não recebe mais o afluxo de oxigênio e nutrientes, gera o<br />
que chamamos de isquemia, uma lesão isquêmica. Isso acontece<br />
repentinamente, a pessoa pode estar muito bem conversando, falando,<br />
movimentando e repentinamente é acometida normalmente pela perda de<br />
função motora, perde a força em um braço, em uma perna ou por vezes no<br />
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