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Comissão Especial sobre a pesquisa das Células-Tronco

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Houve praticamente uma normalização <strong>das</strong> enzimas produzi<strong>das</strong> e depura<strong>das</strong><br />

no fígado. Tivemos não só uma regeneração hepática macroscópica, mas<br />

também uma regeneração microscópica. O mais importante é que houve<br />

uma recuperação funcional desse fígado.<br />

No último que terminamos, tivemos de criar um modelo experimental<br />

em rato paraplégico. Foi uma coisa muito difícil. Levamos dois anos para<br />

isso. Tínhamos de fazer com que se paralisassem as patas posteriores do<br />

animal, verificar a eficácia e saber se esse trabalho poderia ser reproduzido<br />

por outras pessoas. Também há algo que é quase novo nessa terapia: a<br />

possibilidade de reinjetar célula-tronco no mesmo animal ou na mesma<br />

pessoa.<br />

Para isso, criamos um modelo. Dividimos o animal em três, pois essa<br />

divisão nos proporciona ter um parâmetro de um centímetro distal à secção<br />

da medula. Então se fez uma secção medular aberta, sem traumatizar.<br />

Seccionamos a medula, porque essa era uma forma de verificar se o rato<br />

continuava paralisado. Não queríamos somente traumatizar, porque alguns<br />

poderiam recuperar-se.<br />

Seccionamos a medula com um bisturi e colocamos um cateter – isso<br />

nos permite fazer injeções seqüencia<strong>das</strong>, semana a semana, de célulatronco.<br />

Acreditamos que essa terapia continuada poderia ter melhores<br />

resultados. E foi o que comprovamos. Não precisaria sacrificar o animal:<br />

simplesmente se faria uma injeção.<br />

Levamos dois anos para fazer o modelo de um rato paraplégico. Na<br />

verdade, é uma secção medular. Fazíamos um, dava paralisia pulmonar;<br />

fazíamos outro, dava paralisia intestinal. Até criarmos o nível correto, foi<br />

preciso muito tempo. O que expliquei rapidamente corresponde ao trabalho<br />

de dois anos.<br />

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