Comissão Especial sobre a pesquisa das Células-Tronco
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laboratório; depois que há uma quantidade suficiente são injeta<strong>das</strong> no<br />
coração. Com isso se pensa que se pode transformar músculo esquelético em<br />
músculo cardíaco. Isso foi feito durante algum tempo experimentalmente, e<br />
também feito em clínica, na França, assim como em Curitiba pelo grupo da<br />
PUC.<br />
Este é o exemplo de um paciente que faleceu dezessete meses depois. O<br />
coração dele foi examinado e constatou-se que havia músculo originário <strong>das</strong><br />
células do mioblasto que haviam sido injeta<strong>das</strong>. Elas estavam lá vivas e<br />
contraindo ainda.<br />
É uma terapêutica que provê células a longo prazo no coração.<br />
As formas de injeção podem ser intramiocárdica, ou seja, injetando-as<br />
direto no miocárdio; podem ser através da cavidade do coração, por meio de<br />
um cateter colocado dentro da cavidade; podem ser intravenosas, ou seja,<br />
injetando em uma veia e esperar que ela vá se localizar no coração; ou<br />
podem ser por meio de um cateter colocado dentro da coronária.<br />
Não sabemos como age a célula-tronco. Ela pode agir transformando-se<br />
numa célula cardíaca, ou seja, formando a regeneração cardíaca; pode agir<br />
transformando-se em uma célula vascular, ou pode agir através de produção<br />
de fatores paractos, ou seja, produzindo substâncias que melhorarão a<br />
função cardíaca, mas não necessariamente se transformando em outras<br />
células.<br />
Uma propriedade importante – e talvez, a Dra. Nancy tenha falado aqui<br />
– é a mobilização e o homing, ou seja, a forma como essas células são<br />
mobiliza<strong>das</strong> e como irão se localizar na região que desejamos tratar.<br />
As porções onde existem lesão cardíaca tem uma atração pelas células e<br />
elas procuram instalar-se nas zonas da lesão. Podemos mobilizar as células<br />
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