Comissão Especial sobre a pesquisa das Células-Tronco
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está na frente em muitos casos, como em nervo periférico. O nervo periférico<br />
é uma realidade nossa. Em Portugal todo mundo achou lindo, maravilhoso,<br />
mas nos disseram que eles não têm isso lá, porque o paciente corta e é<br />
reparado no outro dia. Portanto, desenvolvemos uma tecnologia para nós.<br />
Deram-nos os parabéns, mas disseram que essa tecnologia vai ficar aqui, do<br />
Equador para baixo. Mas não interessa. Já que criamos, vamos investir<br />
nisso.<br />
Dra. Karolyn Sassi<br />
Uma coisa muito grave, na minha opinião, foi levar a esperança a<br />
pessoas com determina<strong>das</strong> doenças, iludindo-as como se isso fosse resolver<br />
o problema. Se começássemos a <strong>pesquisa</strong> com células embrionárias, não sei<br />
se em 10 anos haveria resultados.<br />
Dr. Jefferson Braga Silva<br />
Foi publicada uma reportagem na Veja <strong>sobre</strong> esse tema. Fui convidado<br />
para dar uma aula na USP e, por acaso, encontrei o paraplégico que<br />
estampava a capa da revista. Na verdade, ele não mexe um milímetro, diz<br />
apenas que tem um pouco mais de sensibilidade. Isso não é resultado!<br />
Portanto, deram à população uma falsa esperança. Eu tenho 292<br />
paraplégicos no meu banco, no consultório. E digo com toda a sinceridade:<br />
não acredito no paraplégico crônico. Honestamente, acho que temos de<br />
apostar as fichas no que se machuca hoje, no trauma agudo, porque é isso<br />
que vai fazer com que tenhamos melhores condições, com que não haja<br />
atrofia. Há várias vantagens. Temos de começar o nosso protocolo – que<br />
espero que o comitê aprove no hospital, para depois mandarmos para a<br />
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