Comissão Especial sobre a pesquisa das Células-Tronco
Comissão Especial sobre a pesquisa das Células-Tronco
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não muito invasivo; pode ser cultivada em estado indiferenciado com uma<br />
metodologia relativamente simples, apesar de que acredito que essa<br />
característica é mais importante para a <strong>pesquisa</strong>rmos e não para a<br />
aplicarmos.<br />
Não acredito que devamos investir to<strong>das</strong> as nossas fichas na<br />
proliferação, na expansão <strong>das</strong> células in vitro antes da aplicação, porque<br />
existem problemas genéticos que podem ocorrer devido ao cultivo in vitro.<br />
Mas essa característica é muito importante para que possamos estudá-la,<br />
conhecê-la e futuramente isolá-la ao lado da medula óssea ou de qualquer<br />
outro local do organismo onde ela esteja.<br />
Outra característica muito importante dessas células é que se eu<br />
infundi-las, se eu colocá-las na corrente sangüínea de um paciente, elas irão<br />
se distribuir por todo o organismo do paciente e ficarão lá por algum tempo e<br />
contribuirão para os tecidos onde elas forem parar. Isso é algo importante.<br />
Existem outras características que não cito aqui numa tentativa de<br />
simplificar o conteúdo.<br />
A pergunta que fiz a mim mesmo em certo momento da minha <strong>pesquisa</strong><br />
com células-tronco mesenquimais foi a seguinte – e aqui começo a abordar o<br />
tema que trouxe para mostrar: a célula-tronco mesenquimal existe em<br />
outros órgãos que não a medula óssea?<br />
A resposta que encontrei para essa pergunta foi que talvez sim, porque<br />
a literatura trazia evidências de que essas células existem em outros tecidos<br />
em diferentes estágios do desenvolvimento. No estágio pós-natal, após o<br />
nosso nascimento, encontram-se células com características de célulatronco<br />
mesenquimal no tecido adiposo, também no tendão, na membrana<br />
cenovial, e alguns autores afirmam que também no sangue periférico.<br />
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