Comissão Especial sobre a pesquisa das Células-Tronco
Comissão Especial sobre a pesquisa das Células-Tronco
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Esse tipo de estudo é que vai demonstrar se realmente as células-tronco<br />
funcionam ou não. Até hoje temos muita expectativa, verificamos que está<br />
funcionando, mas não existe uma análise criteriosa, cientificamente falando,<br />
para termos certeza disso.<br />
Certamente, algumas áreas serão mais fáceis de serem repara<strong>das</strong> com<br />
células-tronco do que outras, isso é intuitivo. Para refazermos o tecido ósseo<br />
precisamos de só um tipo de célula praticamente, é necessário preencher<br />
uma cavidade. É muito mais fácil do que constituir o tecido cardíaco, que é<br />
formado de células especializa<strong>das</strong>. Também é muito mais fácil, infelizmente,<br />
do que compor o tecido nervoso, onde há vários tipos de neurônios<br />
interagindo de maneira exata.<br />
Na área de reparo de lesão nervosa, certamente será mais difícil de<br />
conseguirmos aplicar as células-tronco, mas a quantidade de estudos<br />
realizados no mundo todo, está fazendo o assunto avançar de uma maneira<br />
bastante rápida.<br />
Essas células, com as quais o doutorando Lindolfo Meirelles trabalha,<br />
também estão sendo aplica<strong>das</strong> em modelos animais para vários tipos de<br />
doença. Em colaboração, formou-se uma rede em Porto Alegre, em São Paulo<br />
e nos outros Estados para os quais mandamos as células também.<br />
Estamos aplicando essas células em camundongos ou ratos para tratar<br />
diabete, doenças cardíacas, reparo de nervo periférico, reparo de lesão óssea<br />
e de doenças do sistema nervoso central, como mal de Parkinson e de<br />
Alzheimer. Acredito que esse tipo de estudo avance muito rapidamente.<br />
Dr. César Augusto Zen Vasconcellos<br />
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