Comissão Especial sobre a pesquisa das Células-Tronco
Comissão Especial sobre a pesquisa das Células-Tronco
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Outros estudos demonstram que o método é seguro, ou seja, não há<br />
efeitos colaterais, não há dano nenhum nem complicações modera<strong>das</strong> ou<br />
graves do uso. É bastante seguro e de baixo custo, mas se é realmente<br />
efetivo para essas patologias vamos saber mais adiante. Os pequenos grupos<br />
estudados até agora demonstraram vantagens.<br />
A diferença entre os experimentos em animais e em humanos é que<br />
para o paciente queremos um efeito benéfico, efetivo, de longo prazo e que<br />
resolva o problema. Os estudos experimentais são todos de curto prazo. O<br />
experimento é feito, o animal é avaliado e depois sacrificado para que o<br />
coração seja estudado. Todos os estudos em animais deram efeito positivo,<br />
mas não foram feitos a longo prazo.<br />
Os estudos em humanos mostraram efeitos positivos, mas até agora de<br />
forma temporária. Aqueles grupos que acompanhavam os pacientes há mais<br />
tempo, mostram que depois de oito, 10 ou 12 meses o efeito <strong>das</strong> célulastronco<br />
de melhorar a contratividade do coração foi sendo reduzido. Não se<br />
sabe ainda que mecanismo causa essa redução, isso vai ser fruto de novas<br />
<strong>pesquisa</strong>s.<br />
Temos dois protocolos próprios do Instituto de Cardiologia que são<br />
financiados pela FAPERGS e pelo CNPq. Um deles envolve a miocardiopatia<br />
dilatada, ou seja, aquela doença do miocárdio – que não se sabe a causa –,<br />
em que simplesmente o coração não contrai efetivamente. Nessa doença<br />
tivemos uma série inicial de seis pacientes, com financiamento da FAPERGS.<br />
O resultado foi que todos eles melhoraram uniformemente, nos primeiros<br />
dois, quatro, seis meses, ou seja, tiveram melhora funcional importante<br />
nesse período. Todos os pacientes melhoraram dos seus sintomas,<br />
melhoraram na sua qualidade de vida e esses sintomas e a qualidade de vida<br />
melhor persistem até hoje, cerca de um ano após o início do tratamento, mas<br />
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