Comissão Especial sobre a pesquisa das Células-Tronco
Comissão Especial sobre a pesquisa das Células-Tronco
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<strong>das</strong> células-tronco somáticas e adultas, porque é o que tem dado resultado.<br />
Além de tudo, tem dado resultado em seres humanos já. Está muito mais<br />
próximo da nossa realidade do que a célula-tronco embrionária, <strong>das</strong> quais<br />
poucos entendem ainda do seu comportamento. Até conseguirmos aplicar<br />
isso em seres humanos serão necessários muitos anos de <strong>pesquisa</strong>.<br />
Na transparência que apresento <strong>sobre</strong> o processo de fertilização in vitro,<br />
essa mostra o embrião do segundo dia. Nós o congelamos nessa fase do<br />
terceiro dia, quando ele tem, no geral, de oito a dez células dentro dele.<br />
Precisamos descongelá-lo e fazer com que ele chegue nessa fase. A massa<br />
interna é o que gerará o embrião todo. Retira-se essa massa e se deixa em<br />
cultura na estufa. O difícil é realmente passar dessa fase.<br />
Os embriões ficam congelados em tanques de nitrogênio líquido nessa<br />
fase de oito a dez células, com a esperança do uso direto <strong>das</strong> células na<br />
terapêutica de doenças. Esperamos um dia conseguir usar essas células<br />
para determina<strong>das</strong> doenças, a criação de modelos de tecidos diferenciados<br />
para estudo da fisiologia <strong>das</strong> doenças, <strong>das</strong> moléculas envolvi<strong>das</strong> e para<br />
testar drogas. Isso sim é uma vantagem, podermos, pelo menos, <strong>pesquisa</strong>r,<br />
mas isso tem que ser divulgado dessa forma. Existe a vantagem de podermos<br />
fazer as <strong>pesquisa</strong>s. Estamos mais na fase de usar isso para tentar descobrir<br />
e responder muitas questões em relação às doenças, para entender melhor<br />
aquela doença do que já usar a célula-tronco como se fosse algo mágico que<br />
já trata diretamente. De muitas doenças não se sabe nem qual é a base, qual<br />
a molécula que causa aquilo. Para isso sim, criar modelos de tecidos com<br />
doenças, estudar como aquilo funciona e por que nos levará à resposta a<br />
respeito do tratamento mais apropriado. Por exemplo, criar células<br />
pulmonares que têm fibrose cística. Esse é um modelo para estudarmos,<br />
entender melhor essa doença e, a partir dali, criarmos opções terapêuticas.<br />
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