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Bianca Sens dos Santos - LEPTEN - Universidade Federal de Santa ...

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Capítulo II – Revisão da Literatura 8<br />

A primeira fase da formação da massa consiste na mistura da água, da farinha <strong>de</strong><br />

trigo e <strong>de</strong>mais ingredientes e no emprego <strong>de</strong> energia mecânica. O emprego da energia<br />

mecânica origina uma força <strong>de</strong> coesão entre os ingredientes, provocando reações químicas.<br />

Também, por ação <strong>de</strong>sta força <strong>de</strong> coesão, as proteínas do trigo que apresentam dimensões<br />

diferentes formam uma massa viscosa e elástica <strong>de</strong>nominada glúten. Durante essa fase, é<br />

importante o controle e correção da temperatura da água, pois o calor cedido pela máquina<br />

amassadora e pela hidratação do trigo (calor <strong>de</strong> hidratação) influencia fortemente o<br />

metabolismo das leveduras. Nesta etapa, o aumento do metabolismo das leveduras não é<br />

<strong>de</strong>sejado. Durante a fermentação há produção <strong>de</strong> gás carbônico, responsável pela formação<br />

<strong>de</strong> alvéolos internos e pelo crescimento da massa; a ação mecânica da amassadora faz<br />

com que este seja perdido para o meio, originando uma massa com pouco volume.<br />

(QUAGLIA, 1991).<br />

Após o amassamento, a massa é repousada. O repouso é a fase entre o final do<br />

amassamento e cocção em que ocorre a primeira etapa da fermentação e, na qual a massa<br />

sofre uma série <strong>de</strong> transformações que lhe confere proprieda<strong>de</strong>s físicas e organolépticas<br />

características. Há a produção <strong>de</strong> gás carbônico pelas leveduras e a expansão da massa,<br />

propiciando uma uniformida<strong>de</strong> da sua estrutura celular. A etapa final da fermentação ocorre<br />

<strong>de</strong>ntro do forno. Em temperaturas inferiores a 55°C, as leveduras encontram-se ainda em<br />

ativida<strong>de</strong>. Em temperaturas superiores a 40°C, esta ativida<strong>de</strong> é reduzida, cessando aos<br />

65°C. (QUAGLIA, 1991).<br />

Com relação ao corte transversal da massa, os flat breads po<strong>de</strong>m-se dividir em dois<br />

gran<strong>de</strong>s grupos; os <strong>de</strong> camada simples (single-layered) e os <strong>de</strong> camada dupla (doublelayered).<br />

A distinção entre esses dois produtos é atingida pelo método <strong>de</strong> processamento da<br />

massa, apresentado na Figura 2.2. Nos produtos <strong>de</strong> camada única, a massa é assada logo<br />

após a sua abertura. A massa po<strong>de</strong> ser perfurada com um rolo <strong>de</strong>ntado, com palitos ou ser<br />

parcialmente cortada antes do crescimento final da massa ou da cocção. Durante o primeiro<br />

estágio da cocção, essas pequenas aberturas dão passagem à saída do vapor e do CO 2 ,<br />

além <strong>de</strong> outras substâncias voláteis, formadas durante a fermentação. Para a produção <strong>dos</strong><br />

produtos <strong>de</strong> dupla camada, <strong>de</strong>ixam-se os pedaços <strong>de</strong> massa aberta crescer antes da<br />

cocção, sem perfuração da massa. Essa etapa permite que a massa relaxe, fique airada e<br />

<strong>de</strong>senvolva uma fina película sobre a superfície. Conseqüentemente, durante a cocção e<br />

principalmente em fornos com altas temperaturas, essa fina película vai dando lugar a uma<br />

crosta mais espessa e flexível. O vapor da água livre contida na massa, juntamente com a<br />

pressão do CO 2 e outras substâncias voláteis <strong>de</strong>senvolvidas durante a fermentação, força a<br />

parte inferior da massa contra a superior, separando-as e formando uma dupla camada <strong>de</strong><br />

massa assada. (QUAROONI, 1996).

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