DIÃRIO OFICIAL PODER LEGISLATIVO - Assembléia Legislativa do ...
DIÃRIO OFICIAL PODER LEGISLATIVO - Assembléia Legislativa do ...
DIÃRIO OFICIAL PODER LEGISLATIVO - Assembléia Legislativa do ...
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
2176 - Diário <strong>do</strong> Poder Legislativo Vitória-ES, quarta-feira, 25 de maio de 2005<br />
Parabéns a este coral, alegrou o nosso<br />
dia e temos a certeza de que alegrou, esta data<br />
comemorativa, o dia 20 de maio.<br />
Sabemos que a carreira jurídica,<br />
principalmente para quem se forma Bacharel em<br />
Direito; é uma carreira que dá amplo leque de<br />
oportunidade, desde a magistratura à advocacia.<br />
Mas temos certeza que a maior gratificação deve<br />
ser a de defensoria pública; porque os senhores<br />
lidam, no dia-a-dia, com aquilo que às vezes é o<br />
algo mais puro, na pessoa de um cidadão.<br />
Quan<strong>do</strong> um cidadão humilde nos<br />
procura como agente público e quan<strong>do</strong> procura a<br />
V.Exas., ele tem nos senhores a esperança e a<br />
solução; de que o problema será resolvi<strong>do</strong>. Ele<br />
deposita a vida, a confiança e a credibilidade na<br />
mão de cada um <strong>do</strong>s senhores. Então acho que<br />
isto deve ser muito gratificante, como é<br />
gratificante para nós, como agente público,<br />
resolver um problema, melhorar a vida de um<br />
cidadão, no caso de Afonso Cláudio, nossa<br />
cidade. Temos a certeza de que, também, é uma<br />
satisfação enorme, chegar em casa e dizer: hoje<br />
resolvemos um problema. Ouvi. Porque, às<br />
vezes, o grande problema, a grande carência<br />
dessa pessoa é não ter ninguém para ouvi-lo,<br />
para instrui-lo, para dar condições para que ele<br />
possa ter o problema resolvi<strong>do</strong>. E essa falta de<br />
contato com o mun<strong>do</strong> jurídico, até mesmo com<br />
as expressões em latim, que muitas vezes<br />
ninguém entende nada. Principalmente o carente,<br />
é que os senhores proporcionam melhor<br />
condições para eles.<br />
Acho que isto é muito satisfatório e tu<strong>do</strong><br />
o que fazemos na vida, devemos ter<br />
reconhecimento, e devemos ter um mínimo de<br />
agradecimento por aquilo que fazemos.<br />
É claro que nosso ego, nosso íntimo se<br />
satisfaz por si próprio, mas, às vezes, há<br />
necessidade da sociedade, também, participar,<br />
agradecer o trabalho desenvolvi<strong>do</strong> pelos<br />
senhores. E é neste momento que esta<br />
Assembléia <strong>Legislativa</strong> está de parabéns em<br />
tomar esta atitude. É o mínimo que nós, agentes<br />
públicos, podemos fazer para recompensar, para<br />
retribuir a contribuição que vocês dão para a<br />
nossa sociedade e, diga-se de passagem, não é<br />
pouco, é muito importante.<br />
Finalizamos, dedican<strong>do</strong> os mais<br />
profun<strong>do</strong>s parabéns aos senhores e que este dia<br />
20 seja tradição na comemoração <strong>do</strong> Dia da<br />
Defensoria Pública, porque é uma forma de<br />
reconhecimento pelo trabalho <strong>do</strong>s senhores que<br />
têm presta<strong>do</strong> ao longo da história <strong>do</strong> nosso país e<br />
que é tão importante para o nosso futuro, para o<br />
nosso crescimento e para uma vida mais<br />
igualitária. Obriga<strong>do</strong> a to<strong>do</strong>s. Muito bem!<br />
O SR. PRESIDENTE – (GILSON<br />
GOMES) – Conce<strong>do</strong> a palavra ao Dr. Pedro<br />
Vals Feu Rosa.<br />
O SR. PEDRO VALS FEU ROSA –<br />
(sem revisão <strong>do</strong> ora<strong>do</strong>r) – Autoridades e<br />
componentes da Mesa, que saudamos na pessoa<br />
<strong>do</strong> Sr. Deputa<strong>do</strong> Gilson Gomes, que preside esta<br />
sessão; Amigos defensores públicos. Castro<br />
Alves ao fazer a poesia “Navio Negreiro”<br />
retratou aquelas pessoas sem esperança,<br />
acorrentadas nos porões féti<strong>do</strong>s das caravelas e<br />
colocou na boca daquelas pessoas as seguintes<br />
palavras : “Deus! Oh Deus! Onde estais que não<br />
respondes? Em que mun<strong>do</strong>, em que estrelas tu te<br />
escondes?”<br />
É essa a clientela de vocês, é a clientela<br />
daquelas pessoas que já não tem a quem<br />
recorrer. Não tem dinheiro para pagar um bom<br />
advoga<strong>do</strong> e não sabem sequer <strong>do</strong>s seus direitos.<br />
São os desfavoreci<strong>do</strong>s, os pobres, os<br />
descamisa<strong>do</strong>s, os miseráveis; esses é que são os<br />
clientes da Defensoria Pública.<br />
Hoje, vimos aqui, representan<strong>do</strong> a classe<br />
<strong>do</strong>s Magistra<strong>do</strong>s, prestar a nossa homenagem.<br />
Hoje nos curvamos perante a Defensoria<br />
Pública. Queremos dizer a vocês que o esforço, o<br />
sacrifício feito por esta nobre classe não passa<br />
desapercebi<strong>do</strong> pela sociedade. Vimos, inclusive,<br />
na condição de quem está pioneiramente<br />
participan<strong>do</strong> de um trabalho conjunto <strong>do</strong><br />
Tribunal de Justiça, Ministério Público e<br />
Defensoria Pública.<br />
Estamos nós em meio a um mutirão e já<br />
foram impetra<strong>do</strong>s quinhentos e setenta e um<br />
habeas corpus. Já estão no Tribunal de Justiça e<br />
estamos gastan<strong>do</strong> tinta de caneta para assinar<br />
cada um daqueles muitos despachos, muitos<br />
votos, muitos relatórios que nos esperam.<br />
Estamos pioneiramente trabalhan<strong>do</strong> juntos, e é<br />
gratificante.<br />
Vemos o exemplo da clientela de vocês,<br />
pessoas que estão há seis meses detidas por furto<br />
de um bujão de gás. Esse é aquele tipo de<br />
pessoa, parafrasean<strong>do</strong> Castro Alves, que ficaria