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O Papel da Informação Geográfica na Sociedade - Instituto ...

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Artigo<br />

39<br />

Câmara Aérea Digital<br />

Ortofotomapas<br />

Paulo Patrício<br />

Direcção-Geral dos Recursos Florestais (DGRF), organismo público respon-<br />

A sável pelo desenvolvimento sustentável dos recursos florestais <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>is,<br />

decidiu adquirir uma cobertura de ortofotomapas digitais do território de Portugal<br />

Continental.<br />

A gestão, protecção e conservação dos espaços florestais passa inicialmente por<br />

conhecer a reali<strong>da</strong>de florestal <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l. A cartografia surge como uma necessi<strong>da</strong>de<br />

para executar estas tarefas. Não é possível realizar uma gestão equilibra<strong>da</strong> dos<br />

espaços, florestais ou outros, sem possuir levantamentos cartográficos actualizados<br />

do território. A ortofotocartografia obti<strong>da</strong> a partir de voos aerofotogramétricos,<br />

comparativamente a outras formas de representação cartográfica, possui duas<br />

vantagens que se adequam à gestão florestal: o processo de aquisição é relativamente<br />

rápido e não requer conhecimentos técnicos muito específicos quando<br />

usa<strong>da</strong> como documento de trabalho.<br />

Em Março de 2004 foi nomeado pela DGRF um grupo de trabalho, composto<br />

por membros de vários organismos públicos e por representantes de empresas<br />

priva<strong>da</strong>s de cartografia, com o objectivo de avaliar a forma mais eficaz de obter<br />

imagens ortorrectifica<strong>da</strong>s. Foram a<strong>na</strong>lisa<strong>da</strong>s várias hipóteses: imagens de satélite<br />

de alta resolução, fotografias aéreas obti<strong>da</strong>s a partir de câmaras fotográficas a<strong>na</strong>lógicas<br />

e ain<strong>da</strong> fotografias aéreas obti<strong>da</strong>s através de câmaras digitais.<br />

Fig.1. Área voa<strong>da</strong> em Novembro<br />

de 2004.<br />

Depois de a<strong>na</strong>lisar as vantagens e desvantagens de ca<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s alter<strong>na</strong>tivas, a<br />

escolha recaiu sobre as fotografias aéreas obti<strong>da</strong>s por câmaras digitais. Na base<br />

desta preferência esteve a conjugação de duas características inerentes a este tipo<br />

de tecnologia: rapidez <strong>na</strong> obtenção <strong>da</strong>s fotografias e excelente quali<strong>da</strong>de radiométrica<br />

<strong>da</strong>s imagens digitais. Pela primeira vez em Portugal foi realizado um voo com<br />

uma câmara aérea digital. No ano de 2004 foi coberto aproxima<strong>da</strong>mente 40% do<br />

território de Portugal Continental com fotografia aérea digital de raiz. (Fig.1).<br />

A DGRF estabeleceu um protocolo com o <strong>Instituto</strong> Geográfico Português (IGP)<br />

para a verificação <strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de do voo e para a produção dos respectivos ortofotomapas.<br />

Esta ortofotocartografia será utiliza<strong>da</strong>, entre outros fins, para realizar o<br />

próximo inventário florestal <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l.

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