O Papel da Informação Geográfica na Sociedade - Instituto ...

Artigo
54
Compreende-se, assim, o interesse que os estabelecimentos
de ensino superior locais tenham em enviar a esta casa
os seus formandos pois eles vêm aprender e ajudar a produzir
informação digital com qualidade e respeitadora das
especificações técnicas definidas para o efeito. Este interesse
é bem manifestado na solicitação de mais um estágio no
presente ano e é com agrado que se passa a citar:
“Tendo em conta as boas relações existentes entre o IGP e
a ESTIG do IPB, bem como o contributo que ambas as instituições
desempenham para o progresso e desenvolvimento
da sociedade portuguesa, vem a Coordenação do Curso de
Engenharia Topográfica solicitar...”
8 Áreas escolhidas
Fig.4. Área de
trabalho da Freguesia
Delimitação das 24 Secções do Concelho de Faro
democratização da informação e da modernização local) intervêm
como actores preferenciais pois são eminentemente
agentes incubadores de inovação em que a aprendizagem
surge como uma resposta a uma necessidade. Não será
por acaso, passe a publicidade, que decorrerá em Faro, na
Faculdade de Economia da UALG, em Setembro de 2005,
o 11º Congresso da APDR, cujo tema está relacionado directamente
com o que aqui se tem abordado, “O Papel das
Universidades no Desenvolvimento das Regiões”.
É do conhecimento geral que os estabelecimentos de Ensino
Superior se encontram, na actualidade, perante enormes
desafios lançados pela crescente competitividade económica
baseada no conhecimento e pelas novas estratégias e
novos desempenhos que estes terão de encontrar de modo
a gerar mais valias nas regiões que as acolhem.
Feito o parêntesis para falar no Desenvolvimento Regional,
qual o desempenho do IGP no meio disto tudo? É que soa
bem falar na Sociedade da Informação e do Conhecimento
mas para tal terá de existir o elemento primordial – Informação!
Digital e Acessível! E é o IGP, o fiel depositário de um rol
inestimável de informação cadastral construído ao longo de
várias décadas.
Concretizando, durante a realização destes estágios, são
atribuídas pequenas áreas de trabalho. O facto de se escolher
zonas com uma dimensão reduzida tem somente que
ver com o propósito de o aluno elaborar todas as fases do
projecto num curto intervalo de tempo, normalmente quatro
meses. Assim, a realização prática de todos os passos
do processo, desde a rasterização das secções cadastrais
e numerização das fichas de prédio numa base de dados
alfanumérica até à integração da informação produzida num
sistema de informação cadastral explorando as óbvias vantagens
inerentes, permite ao aluno, o contacto com os problemas
reais que se colocam, a confrontação da prática com
o que foi apreendido na escola, e ir mais além.
Efectivamente, as condições de sucesso na aprendizagem
são, por parte do estagiário, uma imagem positiva de si
próprio enquanto formando, como pessoa no presente e
no futuro. Dependem ainda de uma atitude positiva em
relação à mudança (com o compreensível ímpeto juvenil
que lhes é próprio, e ainda bem, é-lhes difícil aceitar os
métodos com que ainda hoje se trabalha e desejam logo
partir para o trabalho em SIG, por exemplo); de uma atitude
activa relativamente ao projecto e aos seus pré-requisitos. O
interesse demonstrado pela tarefa a desempenhar e uma
boa percepção dos critérios que permitem apreciar o estado
da realização, juntamente com uma atitude favorável
relativamente às condições disponíveis, às pessoas e, de
um modo geral, em relação ao meio ambiente tem sido um
factor comum nos estágios realizados conduzindo também
ao seu sucesso não só no IGP, como na sua apresentação
junto da escola.