22.01.2015 Views

Abrir este PDF em nova janela

Abrir este PDF em nova janela

Abrir este PDF em nova janela

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

41<br />

9.4.2.4 O trabalho noturno do <strong>em</strong>pregado rural<br />

A Lei 5889, de 1973, exaure, <strong>em</strong> seu artigo sétimo, a matéria pertinente ao<br />

trabalho noturno do <strong>em</strong>pregado rural. Quanto a <strong>este</strong>, o legislador optou por delimitar o<br />

horário noturno <strong>em</strong> t<strong>em</strong>po correspondente a oito horas convencionais, não se adotando ao<br />

trabalho do rurícola, por isso, a redução ficta da hora noturna.<br />

Para o <strong>em</strong>pregado rural que desenvolve seu serviço na lavoura, o horário<br />

noturno se <strong>este</strong>nde, quando menos e por força de lei, das 21h às 5h. O horário noturno do<br />

<strong>em</strong>pregado rural que presta serviço pastoril o é das 20h às 4h. Em ambos os casos, o<br />

adicional mínimo é de 25%.<br />

9.4.2.5 O trabalho noturno <strong>em</strong> regimes especiais – <strong>em</strong>pregado portuário e<br />

advogado<br />

Ocorre de o legislador prescrever um regime especial para o trabalho noturno<br />

de algumas categorias, a ex<strong>em</strong>plo daquelas compostas por trabalhadores portuários e por<br />

advogados.<br />

No que concerne aos portuários, a orientação jurisprudencial n. 60, I da SDI 1<br />

do TST exaure a interpretação da Lei 4.860/65 ao recomendar: “A hora noturna no regime<br />

de trabalho no porto, compreendida entre dezenove horas e sete horas do dia seguinte, é de<br />

sessenta minutos”.<br />

Quanto aos advogados, o art. 20, §3 o da Lei 8.906/94 prevê, <strong>em</strong> benefício dos<br />

advogados <strong>em</strong>pregados, que “as horas trabalhadas no período das vinte horas de um dia até<br />

as cinco horas do dia seguinte são r<strong>em</strong>uneradas como noturnas, acrescidas do adicional de<br />

vinte e cinco por cento”.<br />

9.4.3 Os adicionais de insalubridade e de periculosidade<br />

O artigo 7 o , XXIII, da Constituição assegura adicional de r<strong>em</strong>uneração para as<br />

atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei. O adicional de penosidade<br />

não está previsto <strong>em</strong> lei, nada obstando que normas coletivas ou individuais o prescrevam.<br />

Os adicionais de periculosidade e de insalubridade têm previsão legal, podendo<br />

ser logo destacadas, por nós, as suas especificidades, ou seja, os pontos <strong>em</strong> que se<br />

distingu<strong>em</strong>: hipóteses de incidência e base de cálculo.<br />

Em seguida, cuidar<strong>em</strong>os das características comuns a ambos os adicionais: a<br />

necessidade de prévia regulamentação pelo Ministério do Trabalho, a exigência de perícia<br />

técnica para a sua constatação, a supressão do direito através da eliminação do risco, a<br />

condicionalidade e a inexigibilidade dos dois adicionais <strong>em</strong> cúmulo.<br />

trabalhando após ela. Se o que justifica o adicional é o desgaste maior do trabalho à noite igual ou maior<br />

desgaste haverá quando se prossegue trabalhando após já ter trabalhado após o período noturno - ubi eaden<br />

ratio, ibi ead<strong>em</strong> legis. Cumprida integralmente a jornada no período noturno, e prorrogada esta, devido é<br />

também o adicional quanto às horas prorrogadas. Exegese do art.73, parágrafo 5º, da CLT. Embargos<br />

conhecidos e providos" (TST, SDI 1, Proc. TST-E-RR 311.016/96.9, Rel. Min. Vantuil Abdala. Fonte: SDI –<br />

43 – JUN/00, p. 7). Em seu voto vencedor, o ministro relator faz referência aos seguintes precedentes, <strong>em</strong><br />

igual sentido: E-RR-137.324/94, Ac.710/97, Min. Francisco Fausto, DJ 4/4/97,decisão unânime; E-RR-<br />

113.733/94, Ac. 2464/96, Min. Vantuil Abdala, DJ7/3/97, decisão unânime; E-RR-28.871/91, Ac. 652/96 -<br />

Min. Luciano Castilho, DJ 4/10/96, decisão unânime e E-RR-31.511/91, Ac. 301/94, Min. Armando de Brito,<br />

DJ 20/5/94, decisão por maioria.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!