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Depois há um livrinho, Os ensinamentos de Carlos, que começa assim:<br />

EU SOU CARLOS.<br />

VENHO DE MUITAS ENCARNAÇÕES PASSADAS<br />

AO SEU ENCONTRO.<br />

TENHO UMA GRANDE LIÇÃO<br />

PARA LHE ENSINAR.<br />

OUÇA COM ATENÇÃO.<br />

LEIA COM ATENÇÃO.<br />

PENSE COM ATENÇÃO.<br />

A VERDADE ESTÁ AQUI.<br />

O primeiro ensinamento é a pergunta: “Por que estamos aqui...” A<br />

resposta: “Quem pode dar uma única resposta Há muitas respostas para essa<br />

pergunta, e todas as respostas estão corretas. É assim. Compreende”.<br />

O livro recomenda que não passemos para a página seguinte antes<br />

de ter compreendido a que estamos lendo. Esse é um dos vários fatores que<br />

tornam difícil terminar a sua leitura.<br />

“Sobre os que duvidam”, revela mais tarde, “só posso dizer o<br />

seguinte: que tirem do assunto apenas as conclusões que desejarem. Eles<br />

acabam sem nada – com a mão vazia, talvez. E o que possuem aqueles que<br />

acreditam TUDO! Todas as perguntas são respondidas, pois toda e qualquer<br />

resposta é correta. E as respostas estão certas! Argumente contra essa<br />

verdade, ó você que duvida.”<br />

Ou: “Não peça explicações para tudo. Os ocidentais, em particular,<br />

estão sempre exigindo descrições longas e complicadas do motivo por que<br />

isso é assim ou assado. A maior parte do que se pergunta é óbvia. Por que<br />

perder tempo investigando esses assuntos [...] Pela fé, todas as coisas se<br />

tornam verdadeiras”.<br />

A última página do livro apresenta uma única palavra em letras<br />

gigantescas: somos exortados a “PENSAR!”.<br />

Todo o texto de Os ensinamentos de Carlos foi, é claro, escrito por<br />

Randi. Ele o rabiscou no seu laptop em algumas horas.<br />

A mídia australiana se sentiu traída por um dos seus pares. O<br />

principal programa de televisão do país saíra da sua rotina para desmascarar<br />

padrões inferiores de verificação de fatos e uma credulidade disseminada em<br />

instituições consagradas às notícias e aos temas públicos. Alguns analistas da<br />

mídia desculparam-se afirmando que o caso não era evidentemente<br />

importante; se fosse, eles o teriam checado. Alguns fizeram mea-culpa.<br />

Nenhum dos que tinham sido enganados quis participar de uma<br />

retrospectiva do caso Carlos, programada para o domingo seguinte em Sixty<br />

minutes.

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