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ádio – se deve a Maxwell. Assim como o rádio, a televisão e o radar.<br />

Mas Maxwell não estava à procura disso. Estava interessado em<br />

saber como a eletricidade gera magnetismo e vice-versa. Quero descrever o<br />

que ele fez, mas sua realização histórica é altamente matemática. Em poucas<br />

páginas, posso dar quando muito uma vaga idéia. Se o leitor não<br />

compreender plenamente o que vou dizer, por favor tenha paciência. Não há<br />

como ter uma idéia da realização de Maxwell sem entrar um pouco na<br />

matemática.<br />

Mesmer, o inventor do “mesmerismo”, acreditava ter descoberto um<br />

fluido magnético, “quase igual ao fluido elétrico”, que permeava todas as<br />

coisas. Mais um de seus equívocos. Sabemos agora que não há fluido<br />

magnético especial, e que todo magnetismo – inclusive a energia que reside<br />

numa barra ou ferradura imantada – se deve à eletricidade em movimento. O<br />

físico dinamarquês Hans Christian Oersted executara uma pequena<br />

experiência em que se fazia a eletricidade fluir por um fio, induzindo a<br />

agulha de uma bússola próxima a oscilar e tremer. O fio e a bússola não<br />

estavam em contato físico. O grande físico inglês Michael Faraday realizara a<br />

experiência complementar: fizera uma força magnética ser ativada e<br />

desativada, e com isso gerara uma corrente elétrica num fio próximo. O fluxo<br />

elétrico variando no tempo de certa forma se propagara pelo espaço e gerara<br />

magnetismo, e o magnetismo variando no tempo de certa forma se propagara<br />

pelo espaço e gerara eletricidade. Isso foi chamado de “indução”, e era<br />

profundamente misterioso, quase mágico.<br />

Faraday propunha que o ímã tinha um “campo” invisível de força<br />

que se propagava para o espaço circundante, mais forte perto do ímã, mais<br />

fraco em pontos mais distantes. Podia-se descobrir a forma do campo<br />

colocando limalhas de ferro minúsculas sobre um pedaço de papel e<br />

passando um ímã por baixo. Da mesma forma, o cabelo, depois de uma boa<br />

escovada num dia de baixa umidade, gera um campo elétrico que<br />

invisivelmente se propaga para fora da cabeça, chegando até a fazer com que<br />

pedacinhos de papel se movam sozinhos.<br />

A eletricidade num fio, sabemos agora, é causada por partículas<br />

elétricas submicroscópicas, chamadas elétrons, que reagem a um campo<br />

elétrico e se movem. Os fios são feitos de materiais, como o cobre, que têm<br />

muitos elétrons livres – elétrons não ligados dentro de átomos, mas capazes<br />

de se mover. Mas, diferentemente do cobre, os materiais, como a madeira, em<br />

sua maioria não são bons condutores; são, ao contrário, isoladores ou<br />

“dielétricos”. Neles, há relativamente poucos elétrons que podem se mover<br />

em resposta ao campo magnético ou elétrico. A corrente produzida não é<br />

grande coisa. Há certamente algum movimento ou “deslocamento” de<br />

elétrons, e quanto maior o campo elétrico maior é a ocorrência de

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