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“É oficial”, diz a manchete de um jornal. “Nós somos péssimos em<br />

ciência”. Em testes feitos com adolescentes comuns de dezessete anos em<br />

muitas regiões do mundo, os Estados Unidos ficaram em último lugar em<br />

álgebra. Em testes idênticos, as crianças norte-americanas conseguiram a<br />

média de acertos de 43% e seus colegas japoneses a de 78%. Pelo meu sistema<br />

de avaliação, 78% é bastante bom – corresponde a um C+, ou talvez até a um<br />

B-; 43% é um F. Num teste de química, apenas os estudantes de duas das<br />

treze nações participantes se saíram pior do que os norte-americanos. Grã-<br />

Bretanha, Cingapura e Hong Kong tiveram resultados tão bons que quase<br />

ficaram fora da escala, e 25%dos canadenses de dezoito anos sabiam tanta<br />

química quanto 1% de norte-americanos seletos do último ano secundário (no<br />

seu segundo curso de química, e a maioria deles em programas de classes<br />

“avançadas”). As melhores dentre as vinte classes de quinta série em<br />

Minneapolis foram ultrapassadas por todas as vinte classes em Sendai, Japão,<br />

e por dezenove das vinte classes em Taipei, Taiwan. Os estudantes sulcoreanos<br />

ficaram muito à frente dos estudantes norte-americanos em todos os<br />

itens de matemática e ciência, e os adolescentes de treze anos da Colúmbia<br />

Britânica (a oeste do Canadá) ultrapassaram seus colegas norte-americanos<br />

em todos os campos (em algumas áreas, eles se saíram melhor do que os<br />

coreanos). Dos garotos norte-americanos, 22% dizem que não gostam da<br />

escola; apenas 8% dos coreanos afirmam o mesmo. No entanto, dois terços<br />

dos norte-americanos dizem que são “bons em matemática”, enquanto<br />

apenas um quarto dos coreanos afirmam o mesmo.<br />

Essas avaliações pessimistas dos estudantes médios dos Estados<br />

Unidos são ocasionalmente contrabalançadas pelo desempenho de alunos<br />

brilhantes. Em 1994, os estudantes norte-americanos conseguiram um escore<br />

inédito na Olimpíada Internacional de Matemática em Hong Kong,<br />

derrotando 360 estudantes de 68 nações em álgebra, geometria e teoria dos<br />

números. Um deles, Jeremy Bem, de dezessete anos, comentou: “Os<br />

problemas de matemática são charadas lógicas. Não há rotina – é tudo muito<br />

criativo e artístico”. Porém, o que me interessa no momento não é produzir<br />

uma nova geração de cientistas e matemáticos de primeira classe, mas um<br />

público cientificamente alfabetizado.<br />

Dos adultos norte-americanos, 63% não sabem que o último<br />

dinossauro morreu antes que o primeiro ser humano aparecesse; 75% não<br />

sabem que os antibióticos matam as bactérias, mas não matam os vírus; 57%<br />

não sabem que “os elétrons são menores que os átomos”. As pesquisas de<br />

opinião mostram que aproximadamente metade dos adultos norteamericanos<br />

não sabe que a Terra gira ao redor do Sol e leva um ano para<br />

fazer a volta. Nas minhas classes de graduação na Universidade Cornell, sou

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