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contribuam para nos enganar sobre questões de grande importância. A<br />

primeira afirma que nas areias de Marte uma gigantesca face de pedra de eras<br />

passadas fita sem expressão o céu. A segunda sustenta que seres alienígenas<br />

de mundos distantes visitam a terra com impunidade fortuita.<br />

Mesmo quando resumidas tão grosseiramente, não é emocionante<br />

considerar essas proposições E se essas antigas idéias de ficção científica –<br />

que certamente repercutem medos e desejos humanos profundos – realmente<br />

acontecessem Quem pode deixar de se interessar Imerso nesse material, até<br />

o cínico mais crasso se perturba. Temos certeza absoluta, nenhuma sombra de<br />

dúvida, de que podemos descartar essas proposições E, se os empedernidos<br />

desmascaradores de imposturas sentem esse apelo, o que não devem sentir<br />

aqueles que desconhecem o ceticismo científico, como o sr. “Buckley”<br />

Durante a maior parte da história – antes das naves espaciais, antes<br />

dos telescópios, quando ainda estávamos muito imbuídos do pensamento<br />

mágico –, a Lua foi um enigma. Quase ninguém pensava que ela fosse um<br />

mundo.<br />

O que realmente vemos quando vislumbramos a Lua a olho nu<br />

Percebemos uma configuração de marcas irregulares brilhantes e escuras –<br />

que não é uma representação aproximada de nenhum objeto familiar. Mas,<br />

quase irresistivelmente, os nossos olhos ligam as marcas, acentuando umas,<br />

ignorando outras. Procuramos um padrão e o encontramos. No folclore e nos<br />

mitos mundiais, muitas imagens são vistas na Lua: uma mulher tecendo, pés<br />

de loureiros, um elefante pulando de um penhasco, uma menina com um<br />

cesto nas costas, um coelho, as entranhas lunares derramadas pela superfície<br />

depois da evisceração praticada por um irritado pássaro incapaz de voar,<br />

uma mulher batendo um pano de padrão geométrico, um jaguar de quatro<br />

olhos. As pessoas de uma cultura têm dificuldade em compreender como<br />

essas coisas bizarras podem ser vistas pelos membros de outra.<br />

A imagem mais comum é o Homem na Lua. É claro que não se<br />

parece realmente com um homem. As feições são tortas, distorcidas, abatidas.<br />

Há um bife ou algo parecido sobre o olho esquerdo. E que expressão a boca<br />

transmite Um Oh de surpresa Uma sugestão de tristeza, até de lamento O<br />

reconhecimento pesaroso da labuta da vida sobre a Terra Certamente o rosto<br />

é redondo demais. Faltam as orelhas. Acho que é careca no topo. Ainda<br />

assim, toda vez que olho para a Lua, vejo um rosto humano.<br />

O folclore mundial pinta a Lua como algo prosaico. As gerações pré-<br />

Apollo contavam às crianças que a Lua era feita de queijo-de-minas (isto é,<br />

fedorento), e por alguma razão essa caracterização não era considerada<br />

maravilhosa, mas hilária. Nos livros infantis e em caricaturas editoriais, o

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