2.2 Levantamento pedológico por métodos tradicionaisSegundo SANTANA (1983), o levantamento pedológico é consi<strong>de</strong>rado acaracterização e classificação <strong>da</strong>s uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>solo</strong>s, estabelecendo limites geográficos,representados em um mapa, que apresenta sua <strong>de</strong>scrição e sua interpretação com afinali<strong>da</strong><strong>de</strong> proposta. O mapa <strong>de</strong> <strong>solo</strong>s tem por finali<strong>da</strong><strong>de</strong> a or<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> conhecimentocom relação ao objeto, visando à memorização consistente <strong>de</strong> suas proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>maneira fácil e precisa.Esses inventários do <strong>solo</strong> têm como principal objetivo subdividir áreasheterogêneas em parcelas homogêneas, <strong>de</strong> modo que apresentem a menor variabili<strong>da</strong><strong>de</strong>possível, em função dos critérios <strong>de</strong> classificação e dos atributos utilizados <strong>para</strong> suadistinção (McBRATNEY & WEBSTER, 1981).As informações conti<strong>da</strong>s nesses levantamentos são essenciais <strong>para</strong> a avaliaçãodo potencial e <strong>da</strong>s limitações <strong>de</strong> um <strong>solo</strong>, constituindo uma base <strong>de</strong> <strong><strong>da</strong>dos</strong> <strong>para</strong> estudos<strong>de</strong> viabili<strong>da</strong><strong>de</strong> técnica e econômica <strong>de</strong> projetos <strong>de</strong> uso, manejo e conservação <strong>de</strong> <strong>solo</strong>s,além <strong>de</strong> prevenção e combate à poluição. Além disso, permite a estimativa <strong>da</strong>produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong> agrícola, <strong>de</strong> custos em obras <strong>de</strong> construção civil, entre outros. Assim, oslevantamentos pedológicos contribuem substancialmente, com o <strong>de</strong>senvolvimento rurale urbano (OLSON, 1981).Os métodos tradicionais <strong>de</strong> levantamentos <strong>de</strong> <strong>solo</strong>s apóiam-se, principalmente,em observações <strong>de</strong> campo, cujo número e intensi<strong>da</strong><strong>de</strong> por área mapea<strong>da</strong> variamconforme a escala e o nível <strong>de</strong> <strong>de</strong>talhe esperado. Esses métodos foram semprefun<strong>da</strong>mentados em observações pontuais, observações ao longo <strong>de</strong> transectos quecruzam a paisagem e observações por áreas seleciona<strong>da</strong>s <strong>para</strong> estudos mais <strong>de</strong>talhados.A interpretação é tanto mais a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> quanto melhores e maiores as informaçõesdisponíveis (RANZANI, 1969).Assim, o levantamento é um prognóstico <strong>da</strong> distribuição geográfica dos <strong>solo</strong>scomo corpos naturais, <strong>de</strong>terminados por um conjunto <strong>de</strong> relações e proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>sobserváveis na natureza. O levantamento <strong>de</strong> <strong>solo</strong>s i<strong>de</strong>ntifica e se<strong>para</strong> uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>mapeamento, prevê e <strong>de</strong>lineia suas áreas nos mapas. Assim sendo, po<strong>de</strong>-se dizer que olevantamento pedológico trabalha com uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> mapeamento gerando como produtofinal mapa(s) e relatório(s) (EMBRAPA, 1995).5
A precisão e a eficácia <strong>de</strong> levantamentos efetuados <strong>de</strong>sta forma são limita<strong>da</strong>s,segundo ZHU et al. (1999, 2001), principalmente pela técnica <strong>de</strong> cartografia basea<strong>da</strong> empolígonos e pelo processo manual <strong>de</strong> produção do mapa <strong>de</strong> <strong>solo</strong>.Segundo o Manual Técnico <strong>de</strong> Pedologia (IBGE, 2007), enten<strong>de</strong>-se porobservações os exames <strong>de</strong> perfis <strong>de</strong> <strong>solo</strong>s, elaborados durante os trabalhos <strong>de</strong> campo,em barrancos <strong>de</strong> estra<strong>da</strong>, mini-trincheiras e tra<strong>da</strong>gens, que têm por objetivo i<strong>de</strong>ntificar everificar a extensão territorial <strong>de</strong> tipos <strong>de</strong> <strong>solo</strong>s ou variações <strong>de</strong>les, <strong>para</strong> efeito <strong>de</strong>mapeamento.A <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> observações é função do maior ou menor grau <strong>de</strong>heterogenei<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> área <strong>de</strong> trabalho, <strong>da</strong> escala final do mapa <strong>de</strong> <strong>solo</strong>s, dos objetivos dolevantamento e <strong>da</strong> fotointerpretação do material básico, além <strong>da</strong> experiência <strong>de</strong> campo edo conhecimento prévio <strong>da</strong> área por parte <strong>da</strong> equipe executora. Assim, é permiti<strong>da</strong> certaflexibili<strong>da</strong><strong>de</strong> quanto à <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> observações, ficando a <strong>de</strong>cisão a critério doresponsável pelo levantamento. Porém, recomen<strong>da</strong>-se consi<strong>de</strong>rar as seguintesamplitu<strong>de</strong>s <strong>de</strong> número <strong>de</strong> observações por área nos levantamentos (IBGE, 2007):Detalhado - 0,20 - 4 observações/ha.Semi<strong>de</strong>talhado - 0,02 - 0,20 observações/ha.Reconhecimento - 0,04 - 2,00 observações/km 2Exploratório - < 0,04 observações/km 2Esquemático - sem especificaçãoPorém, com a utilização <strong>de</strong> recursos <strong>de</strong> geoprocessamento, técnicas <strong>de</strong>geoestatística, sistemas <strong>de</strong> informação geográfica e o georreferenciamento <strong>de</strong> <strong><strong>da</strong>dos</strong>esperam-se ampliar as alternativas <strong>de</strong> mapeamento <strong>de</strong> campo, com redução <strong>de</strong> tempo <strong>de</strong>execução, <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> observações e freqüência <strong>de</strong> amostragem.Quanto à finali<strong>da</strong><strong>de</strong> dos mapas nessas diferentes escalas, têm-se, como exemplo,nos levantamentos semi<strong>de</strong>talhados, obtenção <strong>de</strong> informações básicas <strong>para</strong> implantação<strong>de</strong> projetos <strong>de</strong> colonização, loteamentos rurais, estudos integrados em microbacias,planejamento local <strong>de</strong> uso e conservação <strong>de</strong> <strong>solo</strong>s em áreas <strong>de</strong>stina<strong>da</strong>s ao<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> projetos agrícolas, pastoris e florestais, além <strong>de</strong> projetos e estudospreliminares <strong>para</strong> engenharia civil. Nesse caso, os trabalhos <strong>de</strong> campo assumem maiorimportância e a caracterização dos <strong>solo</strong>s <strong>de</strong>ve ser minuciosa, pois será usa<strong>da</strong>diretamente na <strong>de</strong>finição do manejo a ser implantado. São também elaborados com opropósito <strong>de</strong> Estudos Ambientais em empreendimentos localizados (minerações,construção, estações experimentais, etc.), visando o estabelecimento <strong>de</strong> medi<strong>da</strong>s6
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O latossolo vermelho amarelo textur
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um banco de dados digitais para ess
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6 SUGESTÕESComo trabalhos futuros
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mapa de solos na região de Três P
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PISSARA, T.C.T.; POLITANO, W.; FERR
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TURCOTTE, R.; FORTIN, J.P.; ROUSSEA
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8 ANEXO(S)Anexo I………………
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65,9 0,9 3,6 6,8 LVdf text. argilos
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Balanceamento de classes = 1a b c d
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Anexo VI - Matriz de confusão para