o objetivo <strong>de</strong> diminuir o erro por extrapolação e, portanto, a classificação equivoca<strong><strong>da</strong>dos</strong> <strong>solo</strong>s. Esses autores encontraram que a <strong>de</strong>clivi<strong>da</strong><strong>de</strong> e a curvatura explicam gran<strong>de</strong>parte <strong>da</strong> variabili<strong>da</strong><strong>de</strong> dos <strong>solo</strong>s <strong>da</strong> área estu<strong>da</strong><strong>da</strong>. O uso <strong>da</strong> <strong>de</strong>clivi<strong>da</strong><strong>de</strong>, <strong>da</strong> orientação <strong>da</strong>vertente e <strong>da</strong> elevação nos levantamentos <strong>de</strong> <strong>solo</strong>s é praticamente generalizado.Por outro lado, DEMATTÊ et al. (1992) verificaram que condições climáticaslocais, materiais <strong>de</strong> origem e posição na encosta condicionam a drenagem local,influenciando assim <strong>de</strong>cisivamente os atributos e a distribuição dos <strong>solo</strong>s na paisagem.Em estudos no município <strong>de</strong> Jaú, COELHO et al. (1994) verificaram quediversos atributos dos <strong>solo</strong>s se relacionaram com segmentos geomorfológicos <strong>de</strong> umatranseção e com o material <strong>de</strong> origem. Concluíram que a distribuição dos tipos <strong>de</strong> <strong>solo</strong>sao longo <strong>da</strong> toposseqüências foi <strong>de</strong>termina<strong>da</strong> por uma associação <strong>de</strong> fatores ligados aposição topográfica e ao material <strong>de</strong> origem.IRVIN et al. (1997) utilizaram a informação <strong>de</strong>riva<strong>da</strong> <strong>da</strong> análise digital doterreno (elevação, <strong>de</strong>clivi<strong>da</strong><strong>de</strong>, curvatura, radiação solar inci<strong>de</strong>nte e um índicetopográfico) em classificações dos tipos ISODATA (Iterative Self-Organizing DataAnalysis Technique) e lógica fuzzy <strong>para</strong> a discriminação <strong>de</strong> pedoformas. Esses autoresencontraram que os dois tipos <strong>de</strong> classificações numéricas replicaram as uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>paisagem obti<strong>da</strong>s por métodos manuais e ain<strong>da</strong> permitiram maior <strong>de</strong>talhamento equantificação dos elementos <strong>da</strong> paisagem.No Brasil, MIRANDA et al. (1999) realizaram o levantamento semi-<strong>de</strong>talhadodos <strong>solo</strong>s <strong>da</strong> Zona <strong>da</strong> Mata Mineira, utilizando como base a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> padrõesfisiográficos por interpretação visual do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> elevação e <strong>da</strong>s classes <strong>de</strong><strong>de</strong>clivi<strong>da</strong><strong>de</strong> e <strong>de</strong> orientação <strong>de</strong>riva<strong>da</strong>s <strong>de</strong>sse mo<strong>de</strong>lo. Em ca<strong>da</strong> uni<strong>da</strong><strong>de</strong>pedogeomorfológica homogênea os autores selecionaram pontos <strong>de</strong> observação eamostragem representativos, e obtiveram uma estratificação dos <strong>solo</strong>s basea<strong>da</strong> nasformas do relevo.HERMUCHE et al. (2003) <strong>de</strong>senvolveram um procedimento <strong>de</strong> mapeamentopedológico preliminar baseado nos <strong><strong>da</strong>dos</strong> morfométricos <strong>de</strong>clivi<strong>da</strong><strong>de</strong>, aspecto e área <strong>de</strong>contribuição, obtidos a partir do MDE, no qual alcançou resultados que consi<strong>de</strong>rousatisfatórios, através <strong>da</strong> composição colori<strong>da</strong> entre essas diversas variáveis, composterior com<strong>para</strong>ção visual com a distribuição dos <strong>solo</strong>s <strong>de</strong>scritos pela EMBRAPA nabacia do rio Jardim, Distrito Fe<strong>de</strong>ral.LACERDA et al (2005) também conseguiram resultado semelhante em outraregião do Distrito Fe<strong>de</strong>ral, DF, a partir <strong>de</strong> cruzamentos entre diferentes classes <strong>de</strong>15
<strong>de</strong>clivi<strong>da</strong><strong>de</strong> com o mo<strong>de</strong>lo numérico do terreno e classes <strong>de</strong> geologia. Após checagens<strong>de</strong> campo, constatou-se que a mo<strong>de</strong>lagem geomorfopedológica utiliza<strong>da</strong> apresentou boarepresentativi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> distribuição <strong>de</strong> <strong>solo</strong>s na paisagem, <strong>de</strong>monstrando que as técnicas<strong>de</strong> geoprocessamento utiliza<strong>da</strong>s foram eficientes.Classificando formas <strong>de</strong> relevo em correspondência com os tipos <strong>de</strong> <strong>solo</strong>s numamicrobacia no município <strong>de</strong> Viçosa, MG, IPPOLITI et al. (2005) relata que a<strong>de</strong>clivi<strong>da</strong><strong>de</strong> e o perfil topográfico foram os principais fatores <strong>de</strong> relevo queinfluenciaram na distribuição dos <strong>solo</strong>s na região estu<strong>da</strong><strong>da</strong>.VALLADARES & HOTT (2006) utilizaram elementos geomorfométricos taiscomo altitu<strong>de</strong>, curvatura topográfica e mapa <strong>de</strong> <strong>de</strong>clivi<strong>da</strong><strong>de</strong>, obtidos a partir <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lodigital <strong>de</strong> elevação (MDE) com 4 metros <strong>de</strong> resolução espacial, na predição uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>mapeamento <strong>de</strong> <strong>solo</strong>s. Após interpretação <strong>da</strong>s curvas <strong>de</strong> distribuição <strong>de</strong> freqüência dosparâmetros morfométricos e <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> intervalos <strong>de</strong> classes, foram preditas uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s<strong>de</strong> mapeamento que se mostraram úteis na elaboração <strong>de</strong> um mapa preliminar <strong>de</strong> <strong>solo</strong>s,mas ain<strong>da</strong> houve necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> usar o método tradicional <strong>para</strong> elaboração do mapafinal.CARVALHO JUNIOR et al. (2006) avaliaram os parâmetros morfométricosaltitu<strong>de</strong>, cota relativa, aspecto, plano <strong>da</strong> curvatura, perfil <strong>da</strong> curvatura, <strong>de</strong>clivi<strong>da</strong><strong>de</strong>,direção <strong>de</strong> fluxo hídrico, acumulação <strong>de</strong> fluxo e distância euclidiana <strong>da</strong> drenagem, todosobtidos do MDE, que caracterizam as pedopaisagens, com a finali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> enten<strong>de</strong>r ospadrões <strong>de</strong> distribuição <strong>de</strong> <strong>solo</strong>s na paisagem e auxiliar nos levantamentos <strong>de</strong> <strong>solo</strong>. Osresultados mostraram ser possível o uso <strong>de</strong>sses atributos na elaboração <strong>da</strong> classificaçãosupervisiona<strong>da</strong> usando re<strong>de</strong>s neurais ou algoritmos <strong>de</strong> máxima similari<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>para</strong>classificação <strong>de</strong> pedopaisagens em áreas montanhosas, reduzindo a subjetivi<strong>da</strong><strong>de</strong> doslevantamentos <strong>de</strong> <strong>solo</strong>s.Com a finali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> possibilitar o <strong>de</strong>lineamento <strong>de</strong> uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s homogêneas <strong>de</strong><strong>solo</strong>s, BUI et al. (2008) testaram várias metodologias <strong>de</strong> predição <strong>de</strong> mapas <strong>de</strong> <strong>solo</strong>s apartir <strong>da</strong> relação <strong>de</strong>stes com a posição topográfica na paisagem, geologia, grupo <strong>de</strong>vegetação e uso do <strong>solo</strong>. Dentre as metodologias testa<strong>da</strong>s estão a <strong>da</strong>s árvores <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisãoe a Expector, na qual se realizou a associação entre o mapa <strong>de</strong> <strong>solo</strong>s <strong>da</strong> região <strong>de</strong>Toowoomba, Austrália, com as <strong>de</strong>riva<strong>da</strong>s do terreno e geologia, a partir <strong>de</strong> uma gra<strong>de</strong><strong>de</strong> 250 metros <strong>de</strong> MDE. Os softwares utilizados na investigação foram o S-plus e o C5.Os parâmetros morfométricos utilizados foram: <strong>de</strong>clivi<strong>da</strong><strong>de</strong>, curvaturas em planta, perfile tangencial, área <strong>de</strong> contribuição e aspecto, obtidos a partir do MDE.16
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A análise do mapa permite verifica
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A partir da sobreposição dos mapa
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unidades de mapeamento. Por exemplo
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O latossolo vermelho amarelo textur
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mapeamento de solos fosse classific
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predominância de latossolos (64 %)
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um banco de dados digitais para ess
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6 SUGESTÕESComo trabalhos futuros
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mapa de solos na região de Três P
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COSTA CABRAL, M. & BURGES, S.J. Dig
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IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOG
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McBRATNEY, A.B.; MENDONÇA SANTOS,
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PISSARA, T.C.T.; POLITANO, W.; FERR
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TURCOTTE, R.; FORTIN, J.P.; ROUSSEA
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8 ANEXO(S)Anexo I………………
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65,9 0,9 3,6 6,8 LVdf text. argilos
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Balanceamento de classes = 1a b c d
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Anexo VI - Matriz de confusão para